sábado, setembro 24, 2005

Os jovens, o jornalismo e a leitura da imprensa

A semana que está a acabar foi marcada por dois acontecimentos, ambos relacionados com a temática jovens - informação jornalística.A primeira foi a 6ª Conferência Mundial de Jovens Leitores, da Associação Mundial de Jornais, em Buenos Aires, Argentina, e subordinada ao tema "Atraindo uma nova geração para os jornais".Abandonar de vez uma atitude defensiva face à crise de leitura da imprensa generalista, em particular por parte dos jovens poderia resumir o espírito desta conferência, segundo o Editorsweblog. É, de resto, aqui que vem citado Marcelo Rech, director do brasileiro Zero Hora : "o problema não está no jornal enquanto meio de comunicação - está, sim, nas nossas cabeças. Precisamos de inovar constantemente e, de vez em quando revolucionar completamente os nossos produtos, em vez de ficarmos contentes por estarmos a sobreviver".De Portugal e dos media nacionais estiveram presentes (segundo o site da AMJ), Mónica Balsemão, admistradora da Sojornal, Manuel Carvalho, director-adjunto do Público, e Isabel Stillwell, directora da Notícias Magazine. Resta esperar que o contacto com múltiplas experiências e iniciativas apresentadas em Buenos Aires tenha sido para eles inspirador.E por falar em iniciativas, nesta semana teve igualmente início a experiência ASAP (acrónimo de uma expressão que é marca do nosso tempo: "as soon as possible"), da Associated Press. Partilho das interrogações de Luís Santos, já há dias manifestadas no Atrium, mas julgo que eles não podem excluir a possibilidade e urgência de explorar novos caminhos de contacto. A seu tempo se fará a avaliação. Deixo uma nota de apresentação do ASAP, escrita pelo seu directro, Ted Anthony:
"Enter asap, which is born today as a unique part of the AP. As we launch today, we believe that, beyond the two worlds of mainstream media and the blogosphere, there's a third route to this overwhelming world of information -- one that blends the best parts of tradition with the exciting revolution of the past decade.We believe in journalism that's experiential and interpretive and interactive and sometimes personal, but we remain deeply committed to the AP's longtime principles of fairness, accuracy and giving people we write about their fair say. We believe that stories can be told with sound, with video, with images and with a combination of them all, but we also recognize that words remain a powerful tool and should be deployed as assertively and exuberantly as any other modern media. We think that the resources of the world's largest news organization, coupled with a willingness to sprint as we work to make the very best of the new world of information, will keep things interesting. But we also recognize that giving people a stake in the news -- real interactivity, not simply going through the motions -- is utterly basic to what we do".

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