sábado, dezembro 30, 2006

Os media que os portugueses consomem


"Dietas de media em Portugual: televisão, imprensa, rádio e internet" é um documento de trabalho publicado em Novembro pelo OBERCOM. Contribui para o conhecimento das práticas mediáticas dos portugueses e pode ser um útil instrumento de estudo e reflexão.
Canal Panda tira dúvidas de ciência

(in JN, 30.12.2006)

"Por que é que o mar é salgado? Para que serve os código de barras? Por que é que as nuvens são brancas? O novo programa do canal Panda, que hoje estreia, pelas 20 horas, propõe-se esclarecer questões deste género. "Panda Doc" promete explicações em linguagem simples de forma a permitir que os mais pequenos percebam estes fenómenos da natureza e da ciência.

A emissão decorre num grande laboratório onde se fazem algumas demonstrações científicas.(...)

Em 2007, o canal vai continuar a exibir o "Panda AtelierII", no qual releva segredos de trabalhos manuais. A 27 de Janeiro, Lúcia Piloto, cabeleireira, é a protagonista de mais um programa "Panda profissões". Este espaço estreou faz agora um ano."

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Abriu o portal "Eu Sou Criança"

Depois de se dirigir aos jornalistas, médicos, músicos, informáticos, economistas, cinéfilos, desportistas, astrónomos e turistas, o portal "Eu Sou" abriu a zona da Criança. É mesmo uma porta para jogos, canais televisivos, associações, marcas, outros portais, sites especializados, brinquedos, editoras, roupas... "Eu Sou Criança".
Crianças e imagens violentas na TV

Breve trecho do vídeo em que Felisbela Lopes apresenta o livro "A Construção do Olhar e Ecrãs em Mudança", organizado por José Carlos Abrantes:

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Uso do blogue na aula de língua materna

Práticas de leitura: a utilização do Blog em sala de aula, de Nívea Rohling da Silva, na revista electrónica Texto Digital:
Explica a autora, no resumo:
A construção de um blog por estudantes do ensino médio possibilitou o desenvolvimento de aulas de leitura com grande potencial dialógico. Discute-se, portanto, de que maneira os gêneros emergentes em contextos digitais contribuem no desenvolvimento de sujeitos leitores e quais as interações possíveis nesse universo de leitura digital. O artigo pontua teoricamente conceitos como cibercultura, hipertexto e gênero digital blog, conceitos relevantes para se pensar uma práxis docente contextualizada e relevante.
Webradio é tema de tese de mestrado

"Rádio na Internet em Portugal - A Abertura à Participação num Meio em Mudança" é o título da tese de mestrado que Pedro Portela submete amanhã à apreciação de um júri, em provas públicas que terão lugar às 16 horas, no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (UM), em Braga. O autor é docente do Curso de Comunicação Social da UM e deverá ser dos autores mais antigos de um programa de rádio em Portugal, através da sua colaboração regular na Rádio Universitária do Minho, com o programa "O domínio dos deuses"*.
Pedro Portela estudou as rádios com presença na Internet, procurando analisar, em especial, de que modo tiram elas partido das possibilidades de interacção e participação hoje disponíveis. A tese, elaborada no âmbito do mestrado de Ciências da Comunicação - área de especialização em Comunicação, cidadania e Educação, será analisada e comentada pelo Prof. Rogério Santos, docente da Universidade Católica Portuguesa.
Dois autores que inspiraram Pedro Portela na definição da questão e perspectiva investigadas nesta dissertação foram Bertold Brecht e Mário Kaplún.

(*) O programa musical "O domínio dos deuses" teve início ainda no tempo das rádios piratas e só posteriormente - em 1989 - passou para a antena da RUM

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Mais alguns textos

sábado, dezembro 16, 2006

UE: recomendação para proteger menores online

Esta notícia foi difundida há dias pela Lusa:

"O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Estrasburgo, uma recomendação com objectivo de proteger menores na utilização das novas tecnologias, sugerindo várias medidas, entre elas, a criação de um número verde e um domínio dirigido aos jovens.

Segundo as medidas propostas, os Estados-membros devem lançar campanhas de informação para sensibilizar os cidadãos para possíveis riscos da Internet, a distribuição de kits de informação indicando como navegar com segurança, como filtrar as mensagens não desejadas e como apresentar queixa ou assinalar conteúdos lesivos através de linhas telefónicas que passarão a ser asseguradas em cada país.
Os eurodeputados defendem a criação de um número verde europeu para recolher informações sobre os meios de filtragem existentes.
O Parlamento Europeu sugeriu a criação de um nome de domínio «KID.eu» (como o «.com») para sites que se comprometam a respeitar os menores e os seus direitos.
A Internet é o meio de comunicação mais apreciado e utilizado pelos jovens, por isso os eurodeputados consideram urgente a adopção, a nível europeu, de uma protecção mínima das pessoas mais vulneráveis e dos menores, cada vez mais colocados perante imagens violentas ou pornográficas.
As estatísticas mais recentes demonstram que os jovens passam mais tempo na Internet - onde existem cerca de 260 milhões de páginas de carácter pornográfico a circular - do que em frente da televisão.
Segundo um estudo efectuado na Irlanda, Suécia, Islândia, Noruega e Dinamarca, um em cada três jovens que participam em fóruns de debate ou em chats é abordado sexualmente."
Um acto de cidadania do cineasta Lauro António


Por causa nomeadamente da campanha publicitária de que esta imagem faz parte, o cineasta Lauro António enviou à TV Cabo a seguinte carta:

À TV CABO
LISBOA-PORTUGAL

Ex.mos Senhores,
Venho por este meio solicitar que seja cancelada a minha assinatura relativa aos Canais Lusomundo / Disney, da minha conta (cliente nº ---------). Mantenho a TV Cabo normal, a Sport TV e a Net Cabo.

Motivos para o cancelamento, dois:
1º Nem tempo me sobra para ver os DVD que tenho para ver;
2º A repugnante campanha de publicidade que está no ar a promover estes canais.
Sempre quero ver se a mulher, o filho e a empregada se vão embora!
Com os melhores cumprimentos,
Lauro António

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Direitos da criança e novas "parentalidades"

A Documentation Française acaba de disponibilizar um dossier de documentos e relatórios relacionados com os direitos da criança, intitulado "Droits de l'enfant et nouvelles parentalités : le droit de la famille doit-il évoluer ?".
O desenvolvimento e socialização das crianças, e, em especial, a relação com os media, é,em boa medida, condicionado pelo quadro familiar em que elas crescem. Daí a relevância do assunto.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Dois textos recentes


"In recent years, the issue of media multitasking has sparked a broad discussion about the potential impact on children and youth and has raised concerns among non-profits about how best to engage young people with social marketing campaigns.
To help advance understanding about the issues that surround media multitasking, the Kaiser Family Foundation hosted a forum, The Teen Media Juggling Act: The Implications of Media Multitasking Among American Youth. Forum participants included executives from MTV and eMarketer, a leading market research firm, along with one of the nation?s top cognitive neuroscientists, and experts on media use among young people."

"Advertising is a pervasive influence on children and adolescents. Young people view more than 40 000 ads per year on television alone and increasingly are being exposed to advertising on the Internet, in magazines, and in schools. This exposure may contribute significantly to childhood and adolescent obesity, poor nutrition, and cigarette and alcohol use. Media education has been shown to be effective in mitigating some of the negative effects of advertising on children and adolescents".
Aprender Português com a televisão

Interessante esta notícia que traz o JN e que mostra as potencialidades do serviço público de rádio e televisão:

"Divulgar a língua e dar a conhecer a diversidade cultural do país é o objectivo do primeiro curso de português para televisão, ontem apresentado em Lisboa. Desenvolvido em parceria entre a RTP e a Universidade Aberta, "Falar português" vai ser emitido pelos canais internacionais da estação pública (RTP Internacional, onde estreia sábado, e RTP África).

O ministro dos Assuntos Parlamentares explicou que o projecto utilizou os recursos de duas entidades públicas para a "promoção da língua, identidade, apresentação e imagem de Portugal no mundo". Santos Silva sublinhou que a intenção é "manter laços activos com as comunidades portuguesas e seus descendentes", e com todos os que falam a língua.

O s conteúdos serão disponibilizados gratuitamente a operadores no Canadá e Estados Unidos que pretendam colocar o formato em "vídeo on demand" (VOD). Além disso, a RTP vai colocar o curso e respectivos materiais de apoio didáctico no site da Internet. Será ainda criada uma versão para rádio, a emitir pela RDP.

A primeira fase do curso será emitida em 25 programas de 25 minutos. Nas próximas edições a parceria conta com a colaboração do Instituto Camões."

quarta-feira, dezembro 06, 2006

A vida dos humanos reconfigurada pelo digital


É possivel consultar na sua integralidade o relatório da UIT - União Internacional das Telecomunicações Digital Life 2006, acabado de publicar.
Compõem o relatório os capítulos seguintes:
I. Going digital
II. Lifestyles.digital
III. Business.digital
IV. Identity.digital
V. Living the digital world

Escrito por uma equipa de peritos da UIT, esta oitava edição do relatório sobre a Internet (iniciada em 1997) toma por motivo central os consumidores e, segundo a organização, procura analisar "como é que as vidas humanas estão continuamente a ser reconfiguradas pelos avanços das tecnologias digitais".
É ainda possível consultar aquilo que a UIT designa como um "Mapa Mundial da Sociedade da Informação".

domingo, dezembro 03, 2006

Acesso aos media: o digital já lidera

A notícia surgiu hoje e figura já em numerosos sítios da web: Os meios de comunicação digitais passaram a ocupar o primeiro lugar no ranking de media, em termos de horas semanais dispensadas pelos utilizadores.
Segundo notícia El País, Los medios digitales ya son los más consultados en todo el mundo . A posição de lideranºa é particluarmente significativa nos segmentos etários mais jovens. Vejamos alguns dados:
Según los datos del organismo técnico, los menores de 18 años dedican a los medios digitales una media de 14 horas semanales, mientras que para la televisión reservan 12 horas; para la radio, 6, y para los periódicos, revistas y cine, dos horas. Entre los de 18 a 54 años, los medios digitales absorben 16 horas, mientras que la televisión cerca de 13; la radio, ocho; los periódicos, dos (entre los de 36 a 54 años sube a tres horas); las revistas, otras dos y el cine, una. La única excepción llega de la mano de los mayores de 55 años, que aún dedica 16 horas a la televisión, frente a las 8 de los medios digitales, a las 7 de la radio, las 5 de los periódicos, las 3 de las revistas y la menos de una del cine."
Estas informações constam de um relatório intitulado Digital life 2006, hoje divulgado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), que reflecte sobre o impacte da tecnologia digital no mundo. "As comunicações são cada vez 'mais digitais, mais móveis e mais centradas na banda larga', segundo Lara Srivastava, membro da divisão de Novos Programas de la UIT.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Links de interesse para a Educação para os Media

terça-feira, novembro 28, 2006

A web 2.0 na educação

Para quem se interessa pelas possibilidades abertas pela web 2.0 na educação e na educação para os media, vale a pena consultar este e-book de 50 páginas, intitulado Web 2.0 Ideas for Educators - A Guide to RSS and More, da autoria de Quentin D?Souza.

domingo, novembro 26, 2006

O que se vê 'naquela caixa'

"Sou um pai muito preocupado. Hoje em dia, devemos ser o mais responsáveis possível, não pensando apenas nas nossas crianças, mas também nas crianças dos nossos amigos e vizinhos. Necessitamos mesmo de ser responsáveis e cuidadosos com o que colocamos naquela caixa, porque aquilo que sai dela mudou realmente o mundo e vai continuar a mudá-lo, para o melhor ou para o pior."

Steven Spielberg
no International Emmy's Director Meeting, em Nova Iorque, cit. por João Lopes, O que se vê 'naquela caixa', in Diário de Notícias
Leituras

Dois textos a ter em conta:

sábado, novembro 25, 2006

Semana da Educação para os Media no Canadá

Terminou ontem no Canadá a primeira Semana Nacional da Educação para os Media. A iniciativa foi organizada em parceria pela Canadian Teachers' Federation (CTF) e pela Media Awareness Network (MNet) .
Os promotores explicitaram deste modo os objectivos da Semana:
"The purpose of the week is to promote media literacy as a key component in the education of young people, and to encourage the integration and the practice of media education in Canadian homes, schools and communities. Media are powerful forces in the lives of youth. Young people are immersed in media, moving beyond geographical and regulatory boundaries as they access, absorb, communicate, create and repurpose media content. And they're doing this largely without guidance and often without reflection. To be media literate in this new environment, young people need to develop knowledge, values and a range of critical thinking, communication and information management skills - and media education is an essential tool in helping them acquire these skills."
Ver aqui uma lista de eventos organizados antes e durante a Semana assim como alguns materiais produzidos para apoiar as iniciativas das escolas. Ver nomeadamente: Dez boas razões para abordar a Educação para os Media.

http://www.mediaeducationweek.ca/involved_events.htm

sábado, novembro 18, 2006

Investigações sobre a relação crianças-televisão

Amy B. Jordan, James C. Hersey, Judith A. McDivitt, and Carrie D. Heitzler
Reducing Children's Television-Viewing Time: A Qualitative Study of Parents and Their Children
Pediatrics, Nov 2006; 118: e1303 - e1310.

Elizabeth A. Vandewater, David S. Bickham, and June H. Lee
Time Well Spent? Relating Television Use to Children's Free-Time Activities
Pediatrics, Feb 2006; 117: e181 - e191.

Tina L. Cheng, Ruth A. Brenner, Joseph L. Wright, Hari Cheryl Sachs, Patricia Moyer, and Malla R. Rao
Children's Violent Television Viewing: Are Parents Monitoring?
Pediatrics, Jul 2004; 114: 94 - 99.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Televisão - Criança
- Uma pesquisa no Brasil


O LAPIC é um laboratório de Pesquisas que pertence ao Departamento de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (Brasil, destacando-se, desde 1994, na produção científica sobre a relação TV e criança. Assenta na ideia de que "A televisão é parte integrante do cotidiano de nossas crianças, é uma realidade que precisa ser incorporada à educação, visando uma consciência crítica, obtida através da criação de procedimentos didáticos".
É interessante analisar as conclusões dessa investigação, considerando dois pontos:

- pertinência dos objectivos e resultados para a realidade portuguesa: pontos comuns e especificidades
- perguntas pertinentes para novas investigações sobre este tema: problema central e questões que dele decorrem.

quinta-feira, novembro 09, 2006

"Educar para o consumo"
nos "Cadernos Público na Escola"















O Projecto "Público na Escola", do jornal 'Público', acaba de colocar nas bancas e quiosques o nº 4 dos seus cadernos, dedicado ao tema da Educação para o Consumo.
A publicação, que se propõe como material de apoio dirigido prioritariamente aos formadores e professores, mas que se reveste de utilidade para os pais e outros educadores, recupera uma série de materiais publicados sobre as temáticas dos consumos, passa em revista marcas de sucesso e cuidados a ter pelo consumidor, terminando com uma secção ampla de sugestões de actividades e de recursos de apoio.
O tema, como recorda Eduardo Jorge Madureira, responsável pela edição (e pelo próprio projecto Público na Escola), é já objecto de uma assinalável actividade nas escolas, como recentemente o mostrou o concurso nacional de jornais escolares que teve o assunto como mote.
Analisar anúncios publicitários:
tema de livro de Cintra Torres



É hoje apresentado em Lisboa o livro "A publicidade vista à lupa", da autoria do crítico de televisão Eduardo Cintra Torresque. A obra reúne um ano de crónicas do Jornal de Negócios e é editada pela Bizâncio.
O autor faz um tipo de trabalho - análise dos anúncios publicitários - que não é frequente em Portugal, pelo que o livro é importante como recurso e inspiração para quantos se dedicam a actividades e estudos de educação para os media. Os cerca de 50 anúncios passados "à lupa" vêm acompanhados das imagens que lhes serviram de motivo e cobrem uma vasta gama de produtos e campanhas.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Os novos e velhos media no dia-a-dia dos mais pequenos

Digital beginnings: Young children?s use of popular culture, media and new technologies é um estudo do Literacy Research Centre da University of Sheffield, no Reino Unido, publicado no ano passado. Cobre os usos de uma vasta panóplia de media (computadores, consolas de jogos, rádio, televisão, cinema, livros, desenhos animados, etc), bem como as representações que os profissionais do sector revelam acerca do impacto dessas tecnologias na vida e desenvolvimento dos mais pequenos. Um motivo especial de interesse: a facultação dos instrumentos de recolha de dados, que podem ajudar em eventuais estudos-réplica, noutras realidades.
Como avaliar a informação da Internet?

A necessidade (e urgência) de aquisição de novas competências para aquilatar da validade e fiabilidade da informação disponível online é-nos fornecida por esta notícia do site IBLNews: Los estadunidenses que buscan información sanitaria en internet no comprueban las fuentes.
A notícia explica a situação, apurada por um inquérito do Projecto Internacional Pew, divulgado domingo: "Sólo el 15 por ciento de los encuestados aseguraron comprobar siempre la fuente y la fecha de la información que hallaban 'on line', mientras que el 10 por afirmó que lo hacía en la mayoría de ocasiones. Tres cuartos de los encuestados señalaron que verificaban estos datos en algunas ocasiones, casi nunca o nunca, apuntó el grupo".
Bibliotecas na Internet

No artigo "La nueva generación de bibliotecas en internet", do mesmo site IBLNews, traça-se um quadro que ajuda a compreender como a internet está, aceleradamente, a mudar o conceito de biblioteca e de acesso ao património bibliográfico da humanidade.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Concepções de comunicação
(em torno das propostas de Mario Kaplún)


Há, segundo Kaplún, pelo menos duas grandes formas - antiquíssimas - de entender a comunicação: como transmissão (acto de emitir, informar) e como intercâmbio (relação de partilha e reciprocidade).
James Carey (in Communication as Culture, 1985) recorre a outras categorias - transmissão e ritual - para se referir ao mesmo problema. Muitas são as tradições teóricas propostas para compreender a comunicação (para uma percepção de conjunto, consultar,por ex., R.T. Craig, 2000). Mas é possível trabalhar na base da hipótese de duas grandes macro-categorias, apesar dos riscos de reduccionismo.
Uma questão que se torna pertinente analisar - e Kaplún formula-a explicitamente - é a de saber porque será que o modelo transmissivo-informativo se tornou hegemónico, a ponto de se confundir e reduzir frequentemente a comunicação à informação.
O nosso autor propõe duas hipóteses explicativas: 1) o carácter hierárquico e autoritário das nossas sociedades; e 2) a influência da irrupção dos meios de difusão colectiva a partir dos inícios da modernidade.
As perguntas que decorrem daqui são muitas e complexas. Uma delas prende-se com a natureza dos grandes meios de difusão colectiva. Outra tem que ver com as possíveis alterações que a Internet possa estar a permitir, na última década.
Um tema para continuar a analisar.

Deixo algumas fontes sobre e de Mario Kaplún:

Kaplún, Mario (1997) De medios y fines en comunicación . Revista Chasqui, n.58
Kaplún, Mario (1998) La gestión cultural ante los nuevos desafíos. Revista Chasqui, n.64
Aire Comunicación (s/d) En recuerdo de Mario Kaplún
Silva Pintos, Virginia (2001) Mario Kaplún: La Comunicación como actitud de vida. PCLA ? Vol. 2 ? n. 4 http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista8/perfis%208-1.htm

quarta-feira, outubro 25, 2006

Por uma "alfabetização tecnológica"

Sob o título "La escuela tecnificada", o Prof. Valentín Martínez-Otero, da Universidade Complutense de Madrid, chama a atenção, num artigo publicado no semanário Comunidad Escolar, para as dificuldades que se colocam ao uso das tecnologias na educação.
Sobre os riscos que se correm, escreve:
"El mal uso de la tecnología está acrecentando el eficientismo, el pragmatismo y la pérdida de sentido de la realidad educativa. Programas obligatorios de corte conductista, mensajes con forma y sin fondo, difusión masiva de información por circuitos repletos de escollos, aislamiento, ensalzamiento de la técnica e infravaloración del pensamiento, etc., son notas que presiden la utilización de la tecnología en algunos centros escolares".
Uma alfabetização tecnológica de base pedagógica supõe um conjunto de objectivos que o autor desdobra em três níveis:

Nivel de los alumnos:
* Impulsar la reflexión y la actividad del educando, por medio de tareas de búsqueda y selección razonada y razonable de la información.
* Promover la realización de trabajos en grupo que posibiliten y afiancen la comunicación cognitivo-emocional y las relaciones interpersonales.
* Mejorar las competencias de expresión y creatividad a través de la realización de mensajes verbales y audiovisuales.
* Capacitar a los educandos para que utilicen adecuadamente la información que reciben y puedan aprovecharla en su actividad académica y en su vida.
* Armonizar el desarrollo de la vertiente técnica con el fortalecimiento de la dimensión ética.
* Motivar a los alumnos merced al atractivo que estas tecnologías ejercen sobre ellos.

Nivel de los profesores:
* Favorecer la adquisición de destrezas necesarias para su uso y aprovechamiento.
* Facilitar la planificación docente a través de las tecnologías.
* Liberar a los profesores de trabajos repetitivos.
* Proporcionar soporte y material adecuado para el trabajo docente, de manera que se renueve la metodología y se disponga de elementos incorporables a las diversas áreas del currículum.
* Capacitar a los educadores para que seleccionen los recursos tecnológicos con arreglo a criterios sólidos.

Nivel organizativo del Centro:
* Incorporar progresivamente programas y equipos tecnológicos.
* Apoyar el uso de la tecnología como herramienta al servicio de todos los miembros de la comunidad educativa..
* Velar por la actualización tecnológica y la utilización responsable los recursos.
* Mejorar la planificación y la gestión de la institución.
* Fortalecer el desarrollo organizativo y la comunicación interna y externa.
Experiências:
"O Repórter da Escola"


A BBC lançou uma experiência - School Report - que visa familiarizar os miúdos de 12-13 anos com as notícias e a sua produção nos meios rádio, TV e online. Vale a pena visitar o site para conhecer mais de perto o que está ser feito por este serviço púbico de rádio e televisão.

terça-feira, outubro 24, 2006

Consulta da União Europeia sobre Educação para os Media

Por iniciativa de um grupo de trabalho criado no âmbito da União Europeia, decorre neste momento e até 15 de Dezembro uma consulta pública sobre as experiências e as propostas relacionadas com a Educação para os media. O Questionário que serve de guião a esta consulta sublinha que o objectivo é identificar conclusões e descobertas a partir das experiências levadas a cabo e, por outro lado, apontar tendências para o futuro (uma versão do documento em francês encontra-se também disponível).
O site do grupo de trabalho (grupo integrado por um único português, o Prof. Vítor Reia-Baptista, da Universidade do Algarve) traça igualmente uma rápida panorâmica a que chama perspectiva global, acerca do estado da educação para os media no mundo.
Fica aqui o desafio para que, de Portugal, surjam contributos neste âmbito.
Formar para uma cultura do digital

Agora que o MIT está na moda em Portugal, vale a pena ler um relatório ("livro branco") editado por esta instituição e da autoria de Henry Jenkins. Intitula-se "Confronting the Challenges of Participatory Culture" (pdf, 354 kb, 70 pages), e nele o autor elenca 11 novas competências em que as novas gerações (e as menos jovens) precisam de ser formadas:

* Play - the capacity to experiment with one?s surroundings as a form of problem solving.
* Performance - the ability to adopt alternative identities for the purpose of improvisation and discovery.
* Simulation - the ability to interpret and construct dynamic models of real-world processes.
* Appropriation - the ability to meaningfully sample and remix media content.
* Multitasking - the ability to scan one?s environment and shift focus as needed to salient details.
* Distributed Cognition - the ability to interact meaningfully with tools that expand mental capacities.
* Collective Intelligence - the ability to pool knowledge and compare notes with others toward a common goal.
* Judgment - the ability to evaluate the reliability and credibility of different information sources.
* Transmedia Navigation - the ability to follow the flow of stories and information across multiple modalities.
* Networking - the ability to search for, synthesize, and disseminate information.
* Negotiation - the ability to travel across diverse communities, discerning and respecting multiple perspectives, and grasping and following alternative norms.

Sublinha ainda três motivos de preocupação:

* The Participation Gap - the unequal access to the opportunities, experiences, skills, and knowledge that will prepare youth for full participation in the world of tomorrow.
* The Transparency Problem - the challenges young people face in learning to see clearly the ways that media shape perceptions of the world.
* The Ethics Challenge - the breakdown of traditional forms of professional training and socialization that might prepare young people for their increasingly public roles as media makers and community participants.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Nova sessão de formação


sábado, outubro 07, 2006

Público infantil é o que menos televisão consome em Espanha

Já era sabido que as faixas de população mais idosas viam, em média, bastante mais tempo de televisão do que as crianças. Agora, um estudo realizado em Espanha, junto de quatro mil alunos sugere que estes são, de todos os segmentos da audiência, os menos consumidores.
E em Portugal? Será que está a mudar o panorama traçado pelos últimos estudos realizados neste âmbito? E como interpretar estes resultados? Que nos dizem eles sobre a vida quotidiana das crianças?
Alguns dados divulgados pelo coordenador do estudo, Xavier Bringué, da Universidade de Navarra:
"Los datos revelan que frente al uso de la televisión, los niños prefieren otras pantallas de ocio por su mayor interacción. Así, si tuvieran que elegir entre TV e Internet, un 32% optaría por el primer medio y un 38% por la Red; un 47% prefiere los videojuegos frente al 34% que elige la televisión; y un 40% se queda con el teléfono móvil frente al 37% que escoge la tele. Entre otros datos que aporta el informe, también destaca que el 61% de los niños afirma estar solo cuando se conecta a Internet, y un 35% de los padres no les vigila de ninguna forma. Además, el 35% lo usa para jugar en Red y un 44% para descargar películas canciones y programas. En el caso de los videojuegos, el 86% juega y sus temas preferidos son la aventura y la acción; el 38% piensa que reducen su dedicación al estudio, y el 18% reconoce que pueden resultarles violentos. En cuanto al móvil, 54% de los niños tiene uno y el 29% lo utiliza para jugar".

quinta-feira, setembro 28, 2006

Formação sobre jornais escolares - sinais

"Como se escreve uma notícia? E um título? Qual a importância da fotografia? Que cuidados importa ter com a língua portuguesa? E quais são os cuidados gráficos que não podem ser descurados? Foi para dar resposta a esta e outras perguntas, e simultaneamente dotar os professores de ferramentas que lhes permitam fazer jornais escolares de qualidade, que o PÚBLICO, através do projecto PÚBLICO na Escola, em parceria com a Direcção Regional de Educação do Norte, resolveu dar corpo à acção Jornais Escolares - Partilhar para (in)formar. O pontapé de saída deste programa foi dado ontem, na Escola Secundária António Nobre, no Porto. Um conjunto de profissionais do PÚBLICO - uma jornalista, uma editora, um copydesk, um fotojornalista e um gráfico - partilharam a sua experiência com os cerca de 60 docentes da Região Norte que compunham a plateia. A ideia é que estas sessões se estendam a todo o país".
(No Público de hoje)

segunda-feira, setembro 04, 2006

Um fosso nítido entre a casa e a escola

O relatório a que aqui se fez referência no dia 15 de Junho, de Mediapro - L' Appropriation des Nouveaux Médias par les jeunes - tem uma apresentação disponível na Internet.
Através do site InternetActu, tive conhecimento deste comentário de François Jarraud do Café Pédagogique :

"La conclusion la plus frappante de l'ensemble de cette 'etude réside dans le fossé marqué entre les usages de l'Internet à la maison et à l'école. Dans tous les pays, Québec inclus, ce fossé s'impose en termes de fréquence d'utilisation, d'accès, de régulation, d'apprentissage et de développement d'aptitudes, et de type d'activités. Les données montrent que c'est un gouffre qui s'ouvre. Toutes les fonctions importantes pour les jeunes existent hors de l'école, comme l'essentiel de leurs apprentissages (surtout de l'auto-apprentissage et de l'apprentissage entre pairs). Dans le même temps, les écoles restreignent l'accès, interdisent certaines pratiques sans aucune nécessité, ne parviennent pas à comprendre la fonction communicationnelle d'Internet, et, pire que tout, échouent à transmettre les compétences de recherche documentaire, d'évaluation des sites, de recherche et de production créative qui devraient être les plus importantes pour elles. On note partout clairement que les jeunes ne peuvent pas acquérir les savoir-faire nécessaires dans de bonnes conditions. Alors que dans certains pays, ils se révèlent des usagers sophistiqués de l'Internet, comprenant bien les aspects moraux et culturels, en France en particulier, il existe des pays où ils sont beaucoup plus faibles, surtout en ce qui concerne les questions d'ordre légal qui sont liées à ces médias. En outre, il est évident dans tous les pays qu'ils surestiment leur propre capacité à évaluer. Ce sont des types de connaissances et de compétences critiques que seule l'école peut transmettre. Alors que la littérature académique discute beaucoup du potentiel créatif des nouveaux médias, on constate ici que le travail créatif est limité, et qu'une minorité de jeunes développent des sites personnels ou des blogs. De plus, ces objets peuvent facilement être laissés en sommeil. A nouveau, il y aurait un rôle évident à jouer pour les écoles dans le développement de ces aptitudes plus délicates à acquérir.?

sexta-feira, setembro 01, 2006

Internet: Manual de Literacia

O Comselho da Europa publicou um instrumento útil para quem se propõe abordar criticamente a Internet: The Internet Literacy Handbook - A guide for parents, teachers and young people. Está disponível uma versão em Flash e uma outra em texto simples.

quinta-feira, junho 15, 2006

38% des jeunes de 12 à18 ans sont entrés dans la blogosphère !

Les résultats de l?enquête Européenne Mediappro dressent un nouveau portrait de l?appropriation d?Internet et des technologies par les jeunes.
Les 12 et 13 juin, à l?invitation de Média Animation asbl, les 9 équipes de recherche sont venus présenter et débattre en public des résultats et recommandations issues de l?enquête qui a été menée entre janvier et mai 2006.
Nonante pourcents des jeunes européens âgés de 12 à 18 ans utilisent Internet et plus de 7 sur dix communiquent entre-eux via la messagerie instantanée, révèle lundi l?étude internationale Mediappro, soutenue par la Commission européenne et réalisée auprès de plus de 9.000 jeunes issus de neuf pays européens et au Québec. Il ressort de cette vaste étude qu?Internet est surtout utilisé à domicile (80%), pour discuter entre amis (70%), à des fins de recherche (90%), pour envoyer des mails (69%), pour télécharger des fichiers (60%) et pour écouter de la musique (67%). Moins naïfs que ce que l?on pouvait imaginer, les jeunes déclarent ne jamais (47%) ou rarement (22%) rencontrer en personne des inconnu(e)s qu?ils auraient croisés sur Internet. Nonante-cinq pourcents des jeunes européens possèdent par ailleurs leur propre téléphone portable et envoient plus de sms (79%) qu?ils ne téléphonent (65%). Cinquante-deux pourcents des jeunes jouent sur une console, 64% sur l?ordinateur. Ils y jouent essentiellement de manière épisodique.
Plusieurs autres pratiques ont été mises en évidence par l?étude universitaire Mediappro. Ainsi, 38% des jeunes belges déclarent posséder leur propre blog. Un chiffre qui apparaît comme particulièrement important car la moyenne européenne ne se situe qu?à 18%. Pour les auteurs de la recherche, le fait qu?un grand opérateur d?accès à Internet (Skynet) fournisse une solution de blogging pourrait en partie expliquer ce chiffre. Une autre explication pourrait être avancée au vu des chiffres fournis récemment par la plateforme de blogs de Microsoft (plus d?1,5 million). Il reste que le succès de ce nouveau mode d?expression est indéniable en Belgique "d?autant que cela ne fait pas plus d?un an que cette technologie s?est étendue au grand public", souligne le professeur Thierry De Smedt (UCL), qui a coordonné cette vaste étude. Les filles "bloguent" plus souvent, surtout entre 14 et 16 ans (44,2%), que les garçons (chez qui la pratique diminue avec l?âge). Ce qui fait dire aux chercheurs que le fait d?avoir un blog serait sans doute une activité temporaire (la durée de vie d?un blog étant de 6 mois à 1 an) survenant au moment où le jeune se cherche une identité sociale. Toutefois, "ce mode d?expression ne semble pas relever d?une volonté de contrefaire son identité, mais au contraire d?une mise en scène médiatique du jeune lui-même", souligne l?étude. Les jeunes mettent en outre en avant un modèle d?identité authentique, à l?opposé des conseils d?anonymat et de masquage que leurs prodiguent les adultes.
Les blogs et la messagerie instantanée développent ainsi chez les jeunes la conscience que la liberté d?expression a ses limites. "L?un des pires comportements que quelqu?un peut avoir sur le net consiste à avoir une attitude anti-sociale", notent les chercheurs. D?une manière générale, les jeunes belges sont dans la moyenne des constatations relevées au niveau européen en ce qui concerne leurs autres activités sur Internet. La principale observation étant l?usage grégaire voir tribal que les jeunes ont du web. L?objectif est de rester en permanence connecté avec ses amis. La possibilité d?intrusion d?individus mal intentionnés dans ce cercle restreint est par ailleurs battue en brèche par les jeunes, qui estiment disposer des "armes" nécessaires pour les démasquer. Le téléchargement constitue une pratique courante et 48,4% des jeunes disent qu?ils continuent à télécharger alors qu?ils savent que c?est interdit. Paradoxalement, ils n?ont qu?une très faible connaissance des risques encourus, même si le volet éthique de l?usage des oeuvres d?autrui ne leur échappe pas totalement. En outre Internet ne semble pas tuer l?usage de la télévision, mais en limiter la consommation, même si leur usage est souvent concomitant, tout comme celui des téléphones portables. L?usage d?un gsm (95%) avec carte prépayée (78%) est en effet très bien implanté chez les jeunes belges. Leur carnet d?adresse étant quasi identique à celui de leurs contacts sur le net. Les photos sur gsm restent quant à elles marginales, à l?inverse des sms qui sont plus souvent utilisés que les appels vocaux. Les sms "interactifs" avec d?autres médias (jeux TV, concours) sont également très peu prisés par les jeunes interrogés et ils ne sont que 11% à télécharger des sonneries payantes. Enfin, faute d?avoir confiance en ces sites, 78,3% des jeunes belges n?achètent jamais rien sur des sites à vocation commerciale.

in Media Animation

terça-feira, junho 06, 2006

"Ecrãs em Mudança", novo livro de J. Carlos Abrantes

A Feira do Livro, em Lisboa, é palco hoje, pelas 18.30, do lançamento do livro coordenado por José Carlos Abrantes "Ecrãs em Mudança", editado pela Livros Horizonte e pelo Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ). O livro será apresentado por José Manuel Paquete de Oliveira, provedor do telespectador da RTP, Tânia Morais Soares, investigadora do ISCTE e do Centro de Investigação Media e Democracia (CIMED), e por Maria Emília Brederode Santos, directora da revista Noesis.
O livro "Ecrãs em mudança" reúne contribuições sobre as relações da televisão e da internet com os seus públicos, sobretudo os jovens. Dá também relevo ao provedor de televisão recentemente instituído pela na RTP.
Refere a apresentação:
"A interacção entre os públicos e tais tecnologias faz-se, sobretudo, a partir dos ecrãs, face aos quais nos entregamos, quotidianamente, mais ou menos tempo, na nossa actividade profissional e de lazer. Tais ecrãs estão em mudança pois, quer uns quer outros, sofrem transformações constantes nos conteúdos, nos dispositivos, nos públicos, nas tecnologias que os fazem estar presentes nas sociedades modernas".
Os textos publicados na obra têm como autores Jacques Piette, da Universidade de Sherbrooke (Canadá), Dominique Pasquier, da École des Hautes Études en Sciences Sociales, Jacques Gonnet, da Université de Paris III, Eduardo Marçal Grilo, da Fundação Calouste Gulbenkian, Serge Tisseron, da Université de Paris VII, e de Geneviève Guicheney, da France Télévisions.

sexta-feira, junho 02, 2006

Comunicação para a saúde

O mais recente número da revista Comunicar é dedicado em grande parte ao tema da Comunicação para a Saúde.
Esta edição foi coordenada pelos professores José Maria López e Miguel de Aguilera, ambos da Universidade de Málaga, instituição onde está em curso um projecto de pesquisa, intitulado "Grupo de Investigação sobre Comunicação, Jovens e Saúde".
Esta revista científica iberoamericana de comunicação e educação vai já no número 26 e anuncia os temas dos próximos números: moda e meios de comunicação; educação para os media na Europa e educação para os media no mundo.
Uma nova sintaxe visual

O Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho disponibiliza o texto de uma entrevista feita a Gunther Kress, intitulada "Uma nova sintaxe visual / A new visual grammar". A autora é Helena Pires e a entrevista foi feita aquando da deslocação a Braga daquele reputado especialista de sócio-semiótica, da Universidade de Londres.

segunda-feira, abril 24, 2006

Colóquio O Mau-Trato Infantil na Comunicação Social

Como já foi divulgado neste blog, realiza-se, no próximo dia 12 de Maio, no Auditório do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, o Colóquio 'O Mau-trato Infantil na Comunicação Social'.

O evento reúne um conjunto de profissionais e especialistas que, convocando uma pluralidade de perspectivas e saberes, se propõem analisar a construção mediática do mau-trato a crianças em Portugal e debater as suas implicações.

A iniciativa é do Centro de Estudos da Criança (CESC) e do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho.

Entrada livre.



PROGRAMA

9.00h - Abertura
- Ana Tomás de Almeida (Directora do Centro de Estudos da Criança)
- Moisés Martins (Director do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade)

9.30h - Painel
O Mau-trato Infantil na Comunicação Social em Portugal: as notícias sobre crianças na imprensa e na televisão no último trimestre de 2005
- Sara Pereira (IEC - Universidade do Minho)
- Paula Cristina Martins (IEC - Universidade do Minho)

10h - Painel
A Criança na Comunicação Social
Moderador: Sara Pereira
- Lídia Maropo e Cristina Ponte (ICS - Universidade Nova de Lisboa)
- Helena Mendonça (Jornalista)
- Eduardo Sá (FPCE - Universidade de Coimbra)

Intervalo

11.45h - Painel
Os Maus-tratos a Crianças na Comunicação Social
Moderador: Paula Cristina Martins
- Alexandra Borges (TVI)
- Carlos Farinha (Polícia Judiciária)
- Francisco Maia Neto (Procuradoria-Geral da República)

13h - Almoço

14.30h - Painel O Papel dos Media na Protecção das Crianças
Moderador: Manuel Pinto (ICS - Universidade do Minho)
- Alfredo Maia (Sindicato dos Jornalistas)
- Hernâni Carvalho (Jornalista)
- Maria José Gamboa (Deputada)

15.45h - Intervalo

16.15h - Conferência de Encerramento
La influencia de los medios de comunicación social en las representaciones sociales sobre la infancia y sus problemas
- Ferran Casas (Universidade de Girona, Espanha)






quarta-feira, abril 05, 2006

"Morangos com açúcar": série potencialmente educativa?

morangos"Quando esta novela acabar, Portugal vai ser uma tristeza".
Nem mais: a autora desta profundíssima análise política tem oito anos. Chama-se Rita e frequenta o 3º ano de escolaridade na Escola do 1º Ciclo de S. João do Souto, em Braga. O seu depoimento foi a peça que mais me interessou e interrogou, no mais recente número do boletim do projecto Publico na Escola (nº 160, relativo a Março). A frase citada não estaria deslocada se fosse escrita por José Gil em "Portugal, o Medo de Existir".
Há outros alunos, de níveis de ensino mais avançados, que também se pronunciam sobre os "Morangos" e a Prof. Sara Pereira, docente da Universidade do Minho e colaboradora deste blogue, que entende que é possível tornar esta novela num programa educativo, desde que se se faça dela um motivo de estudo e de reflexão. Muito interessante, igualmente, a reflexão da Prof. Isabel Margarida Duarte sobre a linguagem dos actores dos Morangos: "Não é só a pronúncia que é marcada geograficamente, mas também o vocabulário" ou "as conversas travadas entre estes adolescentes nada têm de natural [e contêm] diálogos de conteúdos paupérrimos e quase só relacionais (...) Tentam, com estes diálogos construídos pelo guionista, imitar uma língua de tribo".
Por tudo isto, vale a pena ler o Boletim - uma dos poucas propostas de abordagem dos Morangos com Açúcar que vai além dos discursos laudatórios ou apocalípticos. Só é pena que o jornal que promove e suporta o projecto não pegue em alguns destes textos e faça, nas páginas do diário, um destaque sobre o assunto.

quinta-feira, março 23, 2006

Mostra de produções multimedia para crianças e jovens

O Mestrado e Curso de Especialização em Estudos da Criança - Tecnologias da Informação e Comunicação (Departamento de Ciências da Educação da Criança do Instituto de Estudos da Criança - IEC) organiza, nos próximos dias 23 e 24 de Março, no IEC da Universidade do Minho, uma mostra de produções multimedia para crianças e jovens.
Divulga-se abaixo o programa deste evento que é aberto ao público interessado.


Mostra de produções multimedia para crianças e jovens
23 e 24 de Março, IEC - Universidade do Minho

Actualmente, as ferramentas multimédia fazem parte do quotidiano da criança e participam, com a família e a escola, na sua socialização, constituindo-se como verdadeiros ecrãs do saber e da representação do mundo. Através do intercâmbio com os criadores e produtores envolvidos na edição de aplicações multimédia para a infância a Mostra integra-se num contexto em que se pretende assinalar a importância das ferramentas multimédia, promover o conhecimento sobre a natureza e características das linguagens por ela veiculadas e investigar formas de as relacionar entre si, num processo de criação de materiais lúdico-educativos.

A Mostra realiza-se no Instituto de Estudos da Criança (IEC), no Edifício dos Congregados (um antigo convento que também funcionou como Magistério Primário) situado no centro da cidade de Braga, na Av. Central.

A Mostra decorrerá em três espaços distintos, destinados a audiências diversas, como se especifica em seguida.

Exposição, nos Claustros, de produtos multimédia
- nos Claustros do edifício, editoras e produtores exibem as suas publicações multimédia para o público em geral, a partir das 14h do dia 23 de Março e/ou a partir das 9h30 do dia 24 de Março.

Expositores nos Claustros

CNOTINFOR. Contacto: Dr. Secundino Correia

Factor Segurança. Cotacto: Dra. Carla Costa

Ludomedia - conteúdos didácticos e lúdicos. Contacto: Dr. José Carlos Santos

Porto Editora. Contacto: Dra. Marta Teixeira

Apoio aos expositores
Cristina Reis (supervisão) e Ernesto Lopes

Demonstrações multimédia no Salão Nobre
- no Salão Nobre funcionarão oficinas onde autores e/ou colaboradores das produtoras demonstram as suas obras/produções a pequenos grupos de visitantes especializados ou especialmente interessados nos produtos multimédia para jovens e crianças; estas oficinas poderão funcionar na tarde do dia 23 de Março e deverão estar mais activas no dia 24, em função da disponibilidade de autores/produtores e do interesse dos visitantes;

Demonstradores no Salão Nobre

APPT21 - Os Jogos da Mimocas, Os Números da Mimocas, Oficina dos Gestos. Contacto: Dra. Teresa Condeço.

CNOTINFOR - Invento, Dragões e Companhia, Aventuras 2, Sopa Decimal e Já Está e a sua adequação à ultima geração de quadros interactivos especialmente desenhados para as escolas. Contacto: Dr. Secundino Correia.

Porto Editora - Escola Virtual. Contacto: Dra. Marta Teixeira.

Apoio e supervisão
Apoio aos demonstradores: Ricardo Ribeiro e Débora Azevedo. Supervisão: Profª Altina Ramos

Seminário de experiências de criação e produção multimédia
- na sala C do IEC, para um público especializado, e em especial para os alunos e docentes dos cursos de mestrado e especialização em Estudos da Criança - Tecnologias de Informação e Comunicação, realiza-se uma sessão de apresentação de experiências e de testemunhos de especialistas e/ou profissionais com experiência de criação, desenho, programação e/ou produção de produtos e produções multimédia para crianças e jovens e/ou para o sector infanto-juvenil;

Programa do Seminário (na Sala C) na Quinta-feira, 23 de Março, 17h
Dra. Patrícia Valinho - YDREAMS.

Programa do Seminário (na Sala C) na Sexta-feira, 24 de Março
09h30 - abertura
09h45 - Luís Valente - Universidade do Minho: SPAC - Espaço e Estrutura.
10h15 - Secundino Correia - CNOTINFOR: Processos de criação e inovação na Cnotinfor.
10h45 - Simone Ferreira e Sofia Reis - Universidade de Aveiro: Aplicações multimédia para crianças com NEE.
11h30 - Ana Margarida Almeida - Universidade de Aveiro: Oficina dos Gestos

Organização
Mestrado e Curso de Especialização em Estudos da Criança - Tecnologias da Informação e Comunicação (Departamento de Ciências da Educação da Criança do Instituto de Estudos da Criança)
Contacto: António J. Osório (ajosorio@iec.uminho.pt, telef. 253601203, fax 253616684)

quarta-feira, março 22, 2006

Internet: maioria dos pais portugueses
ignora formas de proteger os seus filhos

Notícia de hoje da Lusa, através do Público online:

O número de pais portugueses que admitem precisar de informações sobre como proteger os seus filhos contra os perigos da Internet é muito superior ao da União Europeia, lembrou hoje o director do projecto "MiudosSegurosNa.net".
O director do projecto, Tito Morais, que falava à agência Lusa em Matosinhos à margem de um seminário sobre "Riscos online para crianças e jovens", recordou que, apesar de não haver estudos aprofundados em Portugal sobre o assunto, um relatório europeu de 2004 apontava que 66 por cento dos pais portugueses diziam necessitar de mais informações sobre como lidar com a situação, enquanto a média da UE era de 48 por cento.No mesmo estudo pode ler-se que 55 por cento dos pais portugueses não sabiam como os seus filhos reagiriam face a conteúdos online que os deixassem desconfortáveis - quando a média da Europa, então apenas com 15 países, era de 38 por cento.O relatório refere ainda que 67 por cento dos encarregados de educação nacionais não sabiam onde nem como denunciar casos danosos ocorridos via Internet, quando no resto da Europa esse valor é de apenas 38 por cento.(...)"


Continuar a ler: AQUI.

sexta-feira, março 17, 2006

O Mau-Trato Infantil na Comunicação Socail em Debate

Realiza-se no próximo dia 12 de Maio, no Auditório do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, um Colóquio sobre as representações do mau-trato infantil na comunicação social. O evento pretende reunir um conjunto de profissionais e especialistas que, convocando uma pluralidade de perspectivas e saberes, analisem a construção mediática do mau-trato a crianças em Portugal e discutam as suas implicações.
A organização é do Centro de Estudos da Criança e do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, ambos da Universidade do Minho.
O programa será disponibilizado em breve. Entrada livre.

quinta-feira, março 16, 2006

Reunião de Especialistas em Educação e Comunicação
Realizou-se, no passado sábado, em Santiago de compostela, uma reunião de especialistas em educação e comunicação, convocada pelo Consórcio Audiovisual da Galiza, com o objectivo de elaborar uma proposta curricular para integrar a educação em comunicação audiovisual desde a educação pré-escolar até ao ensino secundário. Foi também debatida a necessidade de integrar esta área nos planos de formação dos professores, quer na formação inicial quer na contínua.
O grupo, constituído por professores e especialistas neste domínio provenientes da Andaluzia, Aragão, Castela-Leão, Catalunha, Galiza, Madrid e Portugal, reuniu pela primeira vez em Dezembro passado, no decorrer do I Encontro Internacional de Educação Audiovisual, tendo analisado a situação do ensino da comunicação audiovisual em Espanha e as medidas para a sua incorporação nos curricula, de forma sistemática, progressiva e global.
As popostas serão agora discutidas e analisadas nas entidades competentes.
Transcreve-se, de seguida, o documento-síntese das conclusões da primeira reunião, esperando que em Portugal se possa também iniciar este trabalho de incorporação da educação para os media nos curricula dos diferentes níveis de ensino.

CONCLUSIONES DEL ENCUENTRO INTERNACIONAL SOBRE EDUCACIÓN AUDIOVISUAL
Santiago de Compostela, 7 de Diciembre de 2005

Son cada vez más numerosos los foros internacionales donde se pone de manifiesto la necesidad urgente de abordar los retos educativos que plantea lo que se ha dado en llamar Sociedad de la Información o Sociedad del Conocimiento.
En la Cumbre mundial sobre la sociedad de la información que tuvo lugar en Túnez el 15 de Noviembre de 2005 se aboga por la construcción de la Sociedad de la Información y se recuerda ?que los gobiernos y también el sector privado, la sociedad civil, las Naciones Unidas y otras organizaciones internacionales deben colaborar para (? ?) desarrollar y ampliar las aplicaciones TIC, promover y respetar la diversidad cultural, reconocer el cometido de los medios de comunicación, abordar los aspectos éticos de la sociedad de la información y alentar la cooperación internacional y regional?. (Compromiso de Túnez. 2005. Documento WSIS-05/TUNIS/DOC/7-S).
En este mismo año la UNESCO publica el informe Sociedades del Conocimiento donde se advierte que ?una de las tareas de las sociedades del conocimiento será la de replantearse las actividades sociales vinculadas a la producción y transmisión del saber ?es decir, la educación y la difusión pública de los conocimientos?, así como los soportes materiales de dichas actividades: libros, voces y pantallas?.
Con anterioridad,en marzo de 2000, el Consejo Europeo de Lisboa había marcado un nuevo objetivo estratégico para la Unión Europea: ?los sistemas de educación y formación deben adaptarse a las demandas de la sociedad del conocimiento?. En esta línea los estados miembros elaboran el documento Competencias clave para una aprendizaje a lo largo de toda la vida. Un marco de referencia europeo, donde se establece que la competencia digital - que abarca tanto a las Tecnologías de la Información como de la Comunicación- ?implica el uso confiado y crítico de los medios electrónicos para el trabajo, el ocio y la comunicación. Estas competencias están relacionadas con el pensamiento lógico y crítico, con las destrezas para el manejo de la información a un alto nivel, y con el desarrollo eficaz de las destrezas comunicativas?.
Coincidimos con el documento Competencias en comunicación audiovisal (2005), elaborado por un grupo de expertos convocados por el Consell de l?Audiovisual de Catalunya (CAC) en que el desarrollo eficaz de estas destrezas comunicativas ?supone en el individuo una imprescindible competencia en Comunicación Audiovisual que entendemos como la capacidad de un individuo para interpretar y analizar desde la reflexión crítica las imágenes y los mensajes audiovisuales y para expresarse con una mínima corrección en el ámbito comunicativo. Esta competencia está relacionada con el conocimiento de los medios de comunicación y con el uso básico de las tecnologías multimedia necesarias para producirla?.
Ni el gobierno del estado español ni los de las distintas comunidades autónomas pueden permanecer ajenos a estas directrices, y así, en el Proyecto de LOE se recoge la propuesta de la Unión Europea de ?mejorar la calidad y la eficacia de los sistemas de educación y de formación, lo que implica mejorar la capacitación de los docentes, desarrollar las aptitudes necesarias para la sociedad del conocimiento, garantizar el acceso de todos a las tecnologías de la información y la comunicación, aumentar la matriculación en los estudios científicos y técnicos y aprovechar al máximo los recursos disponibles, aumentando la inversión en recursos humanos?. Se echa en falta, sin embargo, alguna referencia específica los medios audiovisuales o a la comunicación audiovisual.
En este Encuentro Internacional de Educación Audiovisual se ha analizado la situación actual de la enseñanza de la comunicación audiovisual y multimedia, y las medidas que permitan su incorporación en los currícula de una forma sistemática, ordenada, progresiva y global atendiendo a la convicción de que el problema de la alfabetización lectoescrita y de la alfabetización audiovisual y digital deben resolverse conjuntamente.
Hemos podido observar cómo una concepción demasiado restrictiva e instrumental tanto de la integración curricular como de la formación del profesorado en tecnologías de la información y comunicación ha supuesto una atención casi exclusiva a la informática en detrimento de la educación en comunicación audiovisual, a la que se ha desplazado del currículo hasta su práctica desaparición.
Durante los últimos años la enseñanza de las TIC se ha centrado demasiado en el manejo de ordenadores y sus programas, sin tener suficientemente en cuenta que esa enseñanza ha de ir íntimamente ligada con las prácticas de lectura de los mensajes que se difunden a través de las diversas pantallas, y con el fomento de la producción comunicativa como medio para el desarrollo de la creatividad y la autonomía crítica de la persona.
Ante las necesidades constatadas, que se detallan en el documento anexo donde se recogen las aportaciones de los participantes en el Seminario de expertos del I Encuentro Internacional sobre Educación Audiovisual, hemos elaborado una serie de propuestas en torno a dos ejes:
- La integración curricular de la educación en comunicación audiovisual y multimedia.
- La formación del profesorado necesaria para realizar dicha integración.

Nuestras propuestas se traducen en las siguientes demandas:

A) Desarrollar los contenidos específicos relacionados con la educación en comunicación audiovisual y multimedia en la Educación Infantil y en las siguientes áreas de Educación Primaria:
- Conocimiento del medio natural, social y cultural.
- Educación artística.
- Educación para la ciudadanía.
- Lengua castellana (y cooficial donde la hubiere).

B) Desarrollar los contenidos específicos relacionados con la educación en comunicación audiovisual y multimedia en las siguientes áreas de Educación Secundaria:
- Lengua castellana (y lengua cooficial, donde la hubiere) y su literatura.
- Geografía e historia.
- Educación plástica y visual.
- Música.
- Procesos tecnológicos e informáticos. En este caso es necesario especificar en la propia LOE que su desarrollo incluya contenidos vinculados con la comunicación audiovisual y la convergencia de medios.
En las tutorías deberían así mismo abordarse aspectos relacionados con la educación en materia de comunicación.
- Crear, al menos, una asignatura optativa dentro de la Educación Secundaria que se centre en los contenidos propios de la educación audiovisual y multimedia

C) Crear la figura de un profesor-a responsable de comunicación audiovisual y multimedia en todos los centros educativos, con las funciones de fomentar la educación en comunicación audiovisual en el centro y de optimizar los procesos de enseñanza-aprendizaje mediante la incorporación de la comunicación audiovisual y multimedia.
- Poner en marcha planes inmediatos de formación para el profesorado responsable de comunicación audiovisual y multimedia, así como para el profesorado encargado de asumir las asignaturas optativas, y para el profesorado de las distintas áreas donde se integran contenidos relacionados con la educación en materia de comunicación.

D) Asignar un mayor espacio específico a los objetivos y contenidos sobre la educación para la comunicación audiovisual y multimedia en la formación inicial del profesorado, lo que debería quedar reflejado en:
- Las directrices propias de los futuros planes de estudio de los grados de maestro en Educación Infantil y Educación Primaria.
- Las directrices oficiales que regulan el futuro postgrado de formación didáctica del profesorado de Educación Secundaria (actual CAP).

En Santiago de Compostela, a 7 de Diciembre de 2005.

domingo, março 12, 2006

Omissão

Resolução da Assembleia da República n.º 72/2004
Fomento de hábitos de leitura
(Resolução publicada no "Diário da República", I Série-A, n.º 266, de 12 de Novembro de 2004, página 6722)

A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que:
a) Elabore estudos e instrumentos de análise dos hábitos de leitura dos Portugueses, em especial dos mais jovens;
b) Apoie a criação de programas de incentivo aos hábitos de leitura nas escolas, designadamente da imprensa escrita;
c) Apoie a renovação e modernização das bibliotecas escolares;
d) Crie e mantenha um portal na Internet, a nível central, destinado a promover os hábitos de leitura e a divulgar as iniciativas das escolas nesta matéria;
e) Apoie o estabelecimento de parcerias entre as bibliotecas municipais e as escolas ou agrupamentos escolares.
Aprovada em 21 de Outubro de 2004.O Presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota Amaral.

sábado, março 11, 2006

sexta-feira, março 10, 2006

Semana da Imprensa na Escola na Galiza e em França

Prensa-Escuela

O programa "Prensa Escuela" do jornal La Voz de Galicia associa-se à 18ª Semana da Imprensa na Escola que segunda-feira tem início naquela comunidade autónoma do Estado espanhol, por iniciativa do "ministério" galego da Educação. O suplemento semanal que La Voz dedica ao uso do jornal nas actividades educativas ("La Voz de la Escuela") sugere, na sua última edição, algumas actividades para os vários dias da semana. A consulta do sítio na Internet permite ver o investimento que, nos últimos tempos, o programa tem vindo a fazer nos logues, sob a designação de "Cadernos digitais". Também em França, e sob a coordenação do CLEMI (Centre de Liaison de l'Enseignement et des Moyens d'Information), decorre a partir de segunda-feira a semana dos media na escola, para a qual aquela instituição mobiliza centenas de meios de comunicação e milhares de escolas de todo o país. Uma amostra da intensa e diversificada actividade do CLEMI pode ser consultada na página dedicada a esta Semana dos Media. Em Portugal, depois de alguma expressão adquirida por iniciativa idêntica, a Semana dos Media tem vindo a perder visibilidade, destacando-se apenas as iniciativas levadas a cabo pelo projecto do Público, "Público na Escola".

quinta-feira, março 09, 2006

Perspectivas da educação para os media no Reino Unido

A OFCOM é a entidade do Reino Unido encarregada da regulação dos media. Mas cabe-lhe igualmente, no quadro das suas competências, a promoção da educação para os media, tendo em conta a centralidade dos media electrónicos na vida quotidiana dos cidadãos. Nesse âmbito, acaba de divulgar os resultados de um inquérito a 3.200 indivíduos maiores de 15 anos, que pretende avaliar o estado do problema naquele país, os pontos de vista e as experiências de diferentes grupos sociais e de distintas regiões
Fica aqui o resumo de algumas linhas, explicitadas no estudo publicado sob o título Media Literacy Audit - Report on adult media literacy.
  1. Television remains the most familiar, and popular, media platform for most people, with high levels of knowledge of the watershed (before which certain types of programme content, unsuitable for children, may not be shown), and how channels are funded. Although television is still mainly used for its ?traditional? functions, some 30% of those with digital TV say they have interacted with it.
  2. Whilst the number of people in our survey who have access to digital radio services is high at 77%, one in three adults is unaware that they can listen to digital radio services through either their digital TV or internet service. 27% of all UK adults say they ever listen to digital radio, and of these, over two-thirds (68%) say they now listen to more radio stations as a result.
  3. A key reason for people getting the internet is to access information, but there are many other reasons. Nearly three-quarters of internet users use email at least weekly. Levels of concern about internet content are higher than for other platforms, and concerns over entering personal details are prevalent. Interest and competence among internet users for various tasks is generally high, although nearly one-third are not confident about blocking email spam or computer viruses.
  4. Mobiles are an ubiquitous media technology for the 16-24 age group. Younger people have embraced the enhanced functionality of mobile phones, whilst for older users they remain predominantly communications tools. However, the use of the mobile as a ?memory device? to look back at stored texts and pictures is commonplace for all age groups.
    Age is a significant factor in media literacy. Over 65s have significantly lower levels of media literacy than other age groups. The research shows that amongst older people lower usage is partly attributable to a perceived lack of need for new digital services.
  5. Take-up and usage of digital platforms among minority ethnic groups is higher than the UK average, partly because minority ethnic groups are younger than the UK population as a whole. However, the over 45s from minority ethnic groups have lower levels of media literacy compared to UK adults as a whole. Levels of trust in news, and knowledge of funding mechanisms and regulation, are lower overall. General levels of concern across the digital platforms are higher among ethnic minority groups than the UK average with the exception of the internet.
  6. Levels of concern about programming and other types of content vary across platforms, with little concern over mobile content. Levels of self reported ability and understanding in relation to content controls indicate that for the internet, a sizeable minority are not confident about blocking viruses or email scams. Most people are not yet aware of content controls on mobile phones.
  7. Levels of concern do not appear to be related to usage or uptake of the different media platforms, but are independent of these factors.
    Many people, especially the elderly, say they prefer to learn media skills from family and friends and do so by themselves rather than in formal groups. The highest area of interest for many people is in learning how to use the internet. One third of people say they are interested in learning more about digital platforms and services".

O conceito de educação para os media que a OFCOM utiliza é definido como "a aptidão para aceder, compreender e criar comunicação em diferentes contextos". As dimensões do acesso, compreensão e criação são operacionalizados deste modo:

ACCESS
? Interest in and awareness of the digital features of the various media platforms
? Usage, volume of usage, breadth of usage of the platforms
? Competence in using the features available on each platform
? The extent and level of concerns with each platform
? Knowledge of and competence in using content controls, such as ability to block unwanted email messages.

UNDERSTANDING
? Knowledge of regulation
? Knowledge of how elements of each media platform are funded
? Trust in news outlets on each medium
? Trust in internet sites

CREATING
? The ability of individual users to create their own content
? The ability of users to interact with the medium or with other users

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

"Imagens que transformam"

A propósito da polémica desencadeada pelas caricaturas de Maomé, José Carlos Abrantes, provedor do leitor do DN, recorda hoje aspectos importantes das polémicas que, desde a Idade Média, se centraram na natureza e papeis das imagens. Nâo apenas no Ocidente.

"O Ocidente viveu intensamente uma polémica sobre as imagens na Idade Média. Vale a pena recordá-la agora, quando os cartoons dinamarqueses voltaram a avivar o poder das imagens. Nessa época havia sobretudo imagens religiosas. Ora, os ícones religiosos, ao representarem Deus e santos, colocavam um problema peculiar. As imagens representavam, tornando o ausente presente. Mas conteriam elas a energia da santidade? Na época a questão foi fracturante, diríamos hoje. Diferentes decisões foram criando doutrinas contraditórias. O último dos concílios de Niceia, no século VIII, proibiu que a imagem tivesse a capacidade de conter os poderes da santidade. Foi estatuído que a imagem seria apenas uma representação. A imagem não poderia conter poderes de quem é representado. Esta concepção sobre a imagem continua a ser a mais partilhada. O que quer dizer a imagem? O que representa? (...)
Porém, como toda a imagem material é fabricada com recurso a mediações técnicas, a representação reflecte as potencialidades e os limites das técnicas que as criam, das linguagens e da personalidade de quem regista. Por outro lado, evocar um objecto ou uma situação através de uma imagem pode ser mais bem conseguido através de traços que os evoquem e não apenas a partir de traços "realistas". A caricatura é um bom exemplo destas imagens, pois os traços desse tipo de desenho são sempre exagerados face às proporções ou situações reais. Já noutros domínios, como a arte, a imagem nem sempre representa. Algumas imagens são expressão do artista ou manifestam uma preocupação de relação com quem vê, situando-se fora da representação. Os questionamentos de tipo representativo são por isso, nestes casos, pouco adequados. Mas as imagens têm características para além da sua dimensão representativa. Uma delas é a de poderem originar movimentos nos que com elas se relacionam.Por isso paramos face a um stop na estrada. Se virmos uma sinalização de uma mina, como acontece em certos locais de Angola, afastar-nos-emos, receosos, desse local. Estas imagens implicam um movimento do nosso corpo, têm uma capacidade de transformar um estado, exigindo uma mudança de direcção, por exemplo. Assim se revela a capacidade de transformação das imagens. (...)".

Comentário recebido de Dan3, do Comunisfera:

"Además de los siglos de debate sobre la iconoclastia en el cristianismo altomedieval y posteriores guerras de religión, ya con imágenes el proceso de desvincular la imagen de la representación obedece a un cambio en el sentido del arte y de la cultura desde el romanticismo y que alzanza la independencia para la imagen plástica no figurativa en la vanguardia que transita al siglo XX. Ambas perspectivas, de la tradición y de la innovación, de una cultura antigua perviviente o de propuestas culturales actuales, están por debajo del aparente conflicto entre institucionalismo religioso y laicismo mediático".

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Sobre a importância de educar para os media

Renée Hobbes, uma das maiores especialistas de Educação para os Media nos Estados Unidos da América e fundadora da Alliance for a Media Literate America, deu recentemente uma entrevista sobre a sua ligação e a sua perspectiva sobre a importância desta componente educativa, cuja leitura se recomenda. Eis uma das perguntas que lhe é colocada e a respectiva resposta:

Why do you feel it's important to stress Media Literacy in today's society?

RH: Students are swimming in a media sea and technology is more a part of their cultural experience, so media literacy is important because the texts that students consume, and interpret, and read are film texts, and audio-visual texts, and media texts, and technology texts. Another reason that media literacy is important is because more and more information comes to us from so many different sources, that the gate-keeping function has long since disappeared. As we receive all different kinds of messages, people really need a set of critical thinking skills to make sense of it all. We are all suffering from 'Information Overload'. Media Literacy helps sort out the wide range of messages we get in our culture, and finally, the concept that is becoming really important to me, now that I am really beginning to understand, is that media literacy is really just an extended conceptualization of literacy. Literacy is a very powerful function for people. It enables us to be truly human: to share and express meanings using a wide range of tools and technologies. Really, to be literate in an age of multi-media messages, one has to be able to read the language and images of media in addition to the printed word.

Vale a pena, a propósito, dar um salto ao sítio que Renée Hobbs mantém na Internet e consultar, nomeadamente, os textos que ela lá disponibiliza.
"Isto não é um cachimbo!" ou a base da educação para os media

Um texto ("La Nota"), de Mario A. Campos, na revista Etcetera, coloca uma questão básica de toda a educação para os media: a noção de que, quando lemos jornais, ouvimos rádio ou, sobretudo, quando vemos televisão, é com representações da realidade que lidamos, e não com a própria realidade.
Vejamos alguns excertos:

magritte
"En 1929, el pintor belga René Magritte creó La traición de las imágenes, sin duda, uno de sus cuadros más famosos. En el mismo, podemos ver a una pipa flotando por encima de la siguiente leyenda: "Ceci n'est pas une pipe" ("Esto no es una pipa"). El objetivo del cuadro, según explicara el propio autor, era llamar la atención sobre una obviedad: las pinturas, por más realistas que sean, son simples interpretaciones y no los objetos en sí. "No se cansaron de hacerme reproches -lamentaba el artista- Pero, ¿puede usted llenarla? No, claro, se trata de una mera representación. Si hubiese puesto debajo de mi cuadro 'Esto es una pipa', habría dicho una mentira". La referencia viene a cuento pues frecuentemente al leer un diario o ver la televisión, siento unas incontenibles ganas de gritar: "¡momento, eso no es una pipa!", porque contrario a lo que pudiera indicarnos el sentido común, existe un ejército de hombres y mujeres que cotidianamente confunde -confundimos, debiera decir- una cosa con la otra. (...) En su ejercicio cotidiano, los periodistas exprimen la realidad privilegiando ciertos rasgos sobre otros, a partir de la mirada de sus editores que con el paso del tiempo se va sumando a su propia capacidad de lectura (...) La realidad es que conductores, analistas y consumidores de medios en general, usualmente sólo somos testigos de las representaciones y no de los hechos en sí, aunque eso no suele detenernos al momento de emitir nuestros juicios. Tener esta distinción presente es casi una obligación moral en los tiempos que estamos por vivir. (...)"