sexta-feira, novembro 16, 2007

quarta-feira, novembro 14, 2007

As crianças, os seus pais e a TV

Decorre amanhã, dia 15, na Livraria Almedina, em Lisboa, a apresentação pública do livro Manual para pais cujos filhos vêem demasiada televisão, de Serge Tisseron. O evento realiza-se às 19 horas, no Atrium Saldanha, cabendo a apresentação a Daniel Sampaio, que também prefacia a obra.
O livro é editado pelas Edições 70, na colecção "Construção do Olhar", dirigida por José Carlos Abrantes. O autor, que tem já publicadas várias outras obras sobre a imagem (cf lista ao fundo deste post), é psiquiatra, psicanalista e professor da Sorbonne.
Manual+para+Pais
Palavras de Serge Tisseron:

"A criança é hoje convidada, praticamente desde a infância, a ver imagens : a publicidade que a cerca, as revistas que folheia sem ainda saber ler, os ecrãs de televisão e os jogos vídeo. E é convidada a ir buscar às imagens soluções para a sua vida quotidiana. Estas tornam-se suporte de modelos que entram em competição permanente com os dos pais. Mas estes conservam um poder considerável : é sempre a partir das suas reacções que a criança instala os seus primeiros pontos de vista.
Mas como reagir ? Até onde é que as interdições e a obediência pedidas à criança favorecem os seu desenvolvimento e a partir de quando lhe causam prejuízo ? E como evitar o pior das imagens, utilizando-as para o melhor?
Este livro tenta responder a estas questões".

Outras obras de Serge Tisseron:
  • Tintin chez le psychanalyste, Paris, Aubier, 1985 (traduit en portugais).
  • Psychanalyse de la bande dessinée, Paris, PUF, 1987.
  • La bande dessinée au pied du mot, Paris, Aubier, 1990.
  • Tintin et les secrets de famille, Paris, Seguier, 1990 (Réédition Aubier, 1992).
  • La honte, psychanalyse d’un lien social, Paris, Dunod,1992 (traduit en japonais et en allemand).
  • Tintin et le secret d’Hergé, Paris, Hors Collection, Presses de la Cité, 1993.
  • Psychanalyse de l'image, des premiers traits au virtuel, Paris, Dunod, 1995.
  • Le bonheur dans l'image , Paris, Les empêcheurs de penser en rond, 1996 (traduit en italien).
  • Secrets de famille, Mode d’emploi, Paris, Ramsay, 1996 ( Rééd. Marabout, 1997).
  • Le Mystère de la Chambre claire, Photographie et Inconscient, Paris, Les Belles Lettres, 1996( Réed. Champs-Flammarion, 1999) (traduit en espagnol).
  • Y-a-t-il un pilote dans l’image, Paris, Aubier, 1998 ( traduit en allemand).
  • Du bon usage de la honte, Paris, Ramsay, 1998.
  • Comment l’esprit vient aux objets, Paris, Aubier, 1999 (traduit en coréen).
  • Nos secrets de famille, Paris, Ramsay, 1999 (traduit en allemand).
  • Petites mythologies d’aujourd’hui, Paris, Aubier, 2000
  • Enfants sous influence, les écrans rendent-ils les jeunes violents ?, Paris, Armand Colin, 2000

domingo, novembro 11, 2007

Evoluções

Les_temps_changent.jpg

Via Dan le dir., desenho de Jack

sexta-feira, novembro 09, 2007

quarta-feira, novembro 07, 2007

Os media e a 'sexualização' das raparigas

"Report of the APA Task Force on the Sexualization of Girls" é o título de um estudo recente da American Psychological Association que aborda a magna questão da erotização das crianças e adolescentes, nomeadamente através da publicidade e dos media, da música e do entretenimento.
report APAA conotação sexual das representações das raparigas verifica-se, segundo a APA, sempre que:
  •  "a person’s value comes only from his or her sexual appeal or behavior, to the exclusion of other characteristics;
  • a person is held to a standard that equates physical attractiveness (narrowly defined) with being sexy;
  • a person is sexually objectified—that is, made into a thing for others’ sexual use, rather than seen as a person with the capacity for independent action and decision making;
  • and/or sexuality is inappropriately imposed upon a person".
Literacia e convergência mediática

Literacy and media-convergence: Becoming a member of an online gaming community: um 'paper' de Hans Christian Arnseth, do Institute for Educational Research, da Universidade de Oslo, Noruega.

domingo, novembro 04, 2007

"Crianças, Media e Cidadania"

Media e Jornalismo 11A revista Media & Jornalismo dedica o seu mais recente número (o 11) ao tema "Crianças, Media e Cidadania". Coordenado por Cristina Ponte, que também assina um dos artigos, o número, que vai ser lançado amanhã em Lisboa, compreende os textos seguintes:
  • Será possível uma voz global? Crianças migrantes, novos media e limites do empowering, por David Buckingham e Liesbeth de Block
  • Cobrindo políticas públicas sociais: a importância conferida à agenda da infância e da adolescência, por Guilherme Canela de Souza Godoi
  • Mudam-se os tempos, mudam-se as notícias? A cobertura jornalística de crianças no Público e Diário de Notícias em 2000 e 2005, por Cristina Ponte
  • “Uma escola foi visitar um hospital…”. O lugar das notícias na vida das crianças, por Maria João Malho, Isabel Pato e Vítor Tomé
  • Corpo, espetáculo e consumo: novas configurações midiáticas para a infância, por Eliane Medeiros Borges
  • Do Continente até à Ilha das Cores, televisão para o pré-escolar, por Teresa Paixão
  • Paradigmas, imagens e concepções da Infância em sociedades mediatizadas, por Catarina Tomás
Dossiê 'Infância e televisão"

O dossier central do mais recente número da revista espanhola Telos é dedicado ao tema "Infância e televisão". O índice desses textos é o seguinte:

sábado, novembro 03, 2007

Sapo Saber, a Wikipédia portuguesa

Segundo o Digital. publico.pt, a Sapo lançou a Sapo Saber, o que poderá ser considerada a Wikipédia portuguesa. Aliás, é assumido que há uma relação estreita entre este e o outro projecto. Simplesmente, a Sapo pretende fazer um "maior investimento no nosso país". Além disso, uma das grande valias será a "certificação de conteúdos".

Depois de uma consulta rápida, motivada pela notícia que se encontra em baixo, detectei já uma pequena novidade relativamente à famosa Wikipédia. Na Sapo Saber não se pode seleccionar e copiar os textos. A primeira sensação é de irritação, mas julgo que poderá ser muito importante para impedir o plágio e o copy/paste fácil.

[Alertado por um comentário, fui comprovar a possibilidade de copiar ou não. Na verdade, é possível fazer isso em quase todo o texto, mas no primeiro parágrafo, por exemplo de "Braga" e "Lisboa", não se consegue seleccionar o texto. Por isso, a indicação de cima. De qualquer dos modos, ficou a ideia.]

quinta-feira, novembro 01, 2007

Consulta sobre o contrato de serviço público de TV

O Governo colocou há dias em consulta pública o projecto de contrato de concessão do serviço público de televisão. Até 15 de Novembro próximo é possível apresentar comentários. Dado que há nos documentos divulgados disposições e orientações relativas ao papel educativo da TV de serviço público e particularmente à programação para os mais novos, justifica-se que nos debrucemos sobre esta matéria e que sobre el tomemos posição, se for caso disso..

Aqui ficam os links para os documentos em apreciação:

"Media Smart" ou "literacia da publicidade"

Por iniciativa da APN - Associação Portuguesa de Anunciantes (ou seja a entidade que representa quem decide da publicidade que se faz e se emite ou publica), vai arrancar em Janeiro um projecto - "Media Smart" que pretende ajudar os alunos a descodificar os anúncios.
A notícia vem hoje em vários jornais que dão conta de que a APN está a desafiar as escolas básicas do 1º e 2º ciclos a aderir a este projecto que se assume como de "literacia da publcidade" e como dimensão da "educação para a cidadania".
Como refere o Jornal de Notícias, professores e agrupamentos devem aderir voluntariamente à iniciativa, recebendo em troca, gratuitamente, os matérias para trabalharem com os alunos.

Cito do JN:

O que é a literacia sobre a publicidade?

De acordo com o conceito definido pelo Conselho Europeu, são práticas de ensino que utilizam a televisão, rádio, imprensa ou outros materiais escritos para se desenvolver as competências interpretativas de mensagens transmitidas pelos media.

O que é o programa Media Smart?

É um programa escolar, que foi lançado no Reino Unido em 2002, sem fins lucrativos e dirigido a crianças entre os 7 e os 11 anos. Pretende ensinar as crianças e pensar a publicidade de forma crítica, no contexto do seu dia-a-dia.

Algumas sugestões para os pais

"Veja televisão com o seu filho; incentive-o a dizer-lhe aquilo de que gosta e de que não gosta nos anúncios e programas; pergunte-lhe se percebe que estão a tentar vender produtos ou ideias; encoraje-o a falar sempre que vir alguma coisa que o perturbe ou deixe confuso", são algumas das sugestões que constam do panfleto que lança o programa.