sábado, outubro 31, 2009

Protecção das Crianças diante das Novas Tecnologias - Seminário de Investigadores

Realiza-se nos próximos dias 2 e 3 de Novembro, no Salão de Actos da Universidade CEU San Pablo, Madrid, um Seminário de Investigadores da União Europeia que visa pôr em comum as principais linhas de investigação sobre as audiências infantis de televisão e oferecer um Fórum para a reflexão sobre a protecção das crianças no novo ambiente mediático, assinalando o 20º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança.

O Seminário desenvolve-se no âmbito de um programa de actividades previstas no Proyecto Coordinado sobre Televisión e Infancia, PROCOTIN, subsidiado pela Comunidad de Madrid e no qual participam a Universidade San Pablo CEU, a UCM - Centro Universitário Villanueva, a Universidade Carlos III de Madrid, a Universidade Rey Juan Carlos e a UNED.

O programa pode ser consultado aqui: http://www.procotin.es/seminario/

quinta-feira, outubro 29, 2009

Mais conhecido = melhor = iliteracia

Os dados são divulgados na última edição da newsletter da Marktest: 26% dos portugueses tendem a concordar com a frase ‘Penso que as marcas conhecidas são melhores’.
De facto os resultados do estudo Target Group Index (TGI) da Marktest, relativos a Junho passado, indicam que 26% dos portugueses, ou seja, um em cada quatro, com idades entre os 15 e os 64 anos, residentes em Portugal Continental, tentem a concordar (Concordam totalmente/Concordam) com a afirmação 'Penso que as marcas conhecidas são melhores'. É verdade que é bastante superior (37%) a percentagem dos que tendem a discordar (Discordo/Discordo Totalmente) com aquela afirmação, mas isso não retira gravidade ao assunto, até porque, segundo a mesma fonte, a percentagem se tem mantido estável nos últimos anos.



Os indivíduos do sexo masculino e os segmentos mais idosos e mais jovens são aqueles que manifestam concordância mais elevada, enquanto que a variável região do país não regista variações significativas.

quarta-feira, outubro 28, 2009

Seminário 'A Cultura da Infância numa Sociedade Democrática'

Realiza-se amanhã, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, um Seminário dedicado ao tema «A Cultura da Infância numa Sociedade Democrática: Contributos e responsabilidades - a mais valia da comunicação/informação».
Este encontro pretende juntar à mesma mesa jornalistas, especialistas ligados às crianças em áreas como a protecção social, a justiça e a psicologia e estudiosos da relação das crianças com os media para debater questões e problemáticas ligadas à infância na óptica dos órgãos de comunicação social.

O Seminário é organizado pela Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), em parceria com o Instituto da Segurança Social, I.P. (ISS), o Sindicato dos Jornalistas (SJ). A organização destaca a intenção de “potenciar o papel informativo e reflexivo dos órgãos de comunicação social na construção social da realidade referente à protecção das crianças e jovens, em particular as que se encontram em risco ou perigo, e à promoção dos seus direitos".

O programa pode ser consultado aqui: http://www.cnpcjr.pt/tpl_intro_destaque.asp?2707

Entrada livre.

Congresso de Educação para os Media/Literacia dos Media - Bellaria

O Congresso realizado em Bellaria (Itália), realizado na semana passada, foi fértil em discussão sobre conceptualização das Literacias e Educação para os Media e sobre pressupostos da sua implementação no terreno.

A apresentação mais interessante foi a de David Buckingham (em breve colocarei aqui o resumo das principais ideias), mas houve outras que segui com muito proveito pessoal.

No slideshare, estão disponíveis duas apresentações, a de Pier Cesare Rivoltella (keynote speaker) e de Pierre Frastrez (intervenção feita num workshop) e podem ser vistas no final desta mensagem.

Neste congresso, estive na companhia dos profs do Departamento de Comunicação da Universidade do Minho Sara Pereira e Nelson Zagalo (que escreveu aqui algumas notas sobre este encontro).



quinta-feira, outubro 22, 2009

Prémio internacional em Educação para os Media

Três investigadores do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da UMinho recebem hoje o Evens Prize for Intercultural Education 2009 - Media Education, em Bellaria,Itália, numa cerimónia que terá lugar durante o 2º Congresso Europeu de Educação para os Media.

A candidatura apresentada pelo CECS (com equipa constituída pelos investigadores Sara Pereira, coordenadora, Luís Pereira e Manuel Pinto) traduziu-se num projecto intitulado Media Education in Booklets: Learning, Knowing and Acting. O prémio é atribuído pela Evens Foundation, da Bélgica, e tem o alto patrocínio da Comissária Europeia para a Informação, a Sociedade e os Media, Viviane Reding. Visa "realçar a importância da Educação para os Media e promover o desenvolvimento de propostas sustentáveis neste âmbito, dirigidas a crianças na Europa".

O projecto do CECS foi submetido a 15 de Janeiro deste ano, tendo passado pelo 'crivo' de várias selecções intermédias e a visita à Universidade do Minho de um elemento do júri e coordenador de projecto da Evans Foundation. Consiste na produção de três livrinhos que incluem trabalho de criação gráfica de personagens e que visam sugerir a pais e educadores indicações úteis sobre como lidar com os media, no dia a dia, tendo por base investigações feitas no âmbito do CECS. O primeiro booklet, pronto para difusão, incide sobre a TV, seguindo-se outros dois sobre jogos véideo e Internet e redes sociais.

quarta-feira, outubro 21, 2009

Nos bastidores do Telejornal

O mais antigo programa da televisão pública portuguesa completou 50 anos neste domingo, dia 18. A Universidade do Minho e a RTP associaram-se numa conferência evocativa da data. Entretanto, aproveitando um Telejornal especial comemorativo, o jornalista Vasco Trigo filmou, com um telemóvel, os bastidores desse programa. É a sugestão de ver o resultado, que aqui deixo.

terça-feira, outubro 13, 2009

Novo número da revista Comunicar













Acaba de ser lançado o nº 33 da Comunicar, uma revista científica editada pelo grupo Comunicar de Huelva, Espanha, que dedica este número à temática 'Nuevas formas de comunicación: cibermedios y médios móviles". O índice pode ser consultado aqui:
http://www.revistacomunicar.com/index.php?contenido=revista&numero=actual

segunda-feira, outubro 12, 2009

Queremos outra vida, precisamos de outra política!

"Queremos outra vida, precisamos de outra política" é um texto cuja reflexão é feita a partir da realidade da sociedade brasileira mas que ajuda a pensar a vida que temos e a vida que queremos, a política que temos e a política que precisamos, independentemente do sítio onde nos encontramos. Pode ser consultado no blogue http://outrapolitica.wordpress.com/manifesto/.

Para criar interesse, ficam dois excertos:

" Uma política para outra vida precisa falar de conhecimento e cultura livres, questionando o absurdo que é continuar cobrando por música e literatura, antes caros porque circulavam em livros, discos e fitas, mas que agora podem ser compartilhados, quase sem custos, entre aqueles com acesso a rede de computadores. Por causa de um modelo de remuneração viciado e anacrônico (direitos autorais patrimoniais e patentes), a maioria da população continua sem acesso ao saber, enquanto, contraditoriamente, computadores possibilitam a conexão da humanidade em uma rede global, gerando novas capacidades produtivas e criativas que não são plenamente aproveitadas. É esse o modelo que nos mantém como espectadores passivos da televisão, quando poderíamos, através da digitalização, criar e difundir nossas idéias, imagens, pensamentos e sentimentos."

"Trata-se de transitarmos da economia do stress – do consumo, do quantitativo, do desempenho, da coisificação dos seres humanos, em síntese, do capitalismo neoliberal globalizado – para a economia da qualidade de vida e do tempo livre – fora do lazer induzido pelo consumo – do lúdico, do erótico, da espiritualidade, da criatividade, da possibilidade permanente de auto-desenvolvimento, que só atingirá seu propósito se for uma economia capaz de eliminar a miséria e a dominação das elites, viabilizando tanto o cuidado com a natureza e com a vida, quanto o acesso ilimitado ao conhecimento e à cultura."

sábado, outubro 10, 2009

"One Laptop Per Child "


Para o país do Magalhães, pode ter interese consultar o livro recente livro colectivo Plan Ceibal participado por um bom número de autores a convite de Roberto Balaguer, um dos líderes do projecto OLPC One Laptop Per Child no Uruguai.
Eis o índice do livro:

1. Roberto Balaguer (Uruguay) “Plan Ceibal: Los ojos del mundo en el primer modelo OLPC a escala nacional”.

2. Fernando Garrido (España) “¿Otra vez el mismo error? OLPC, Determinismo Tecnológico y Educación”.

3. Edgar Gómez Cruz (México) “Domesticación de la Tecnología: una aproximación crítica al proyecto de OLPC”.

4. Tíscar Lara (España) “Aprender a ser ciudadano desde las prácticas digitales”.

5. Guillermo Lutzky (Argentina) “La Escuela Digital, un cambio obligatorio para los modelos 1 a 1”.

6. Mónica Baez-Graciela Rabajoli (Uruguay) “La escuela extendida. Impacto del Modelo CEIBAL”.

7. Alicia Kachinovsky (Uruguay) “La Universidad de la República en tiempos del Plan Ceibal”.

8. Octavio Islas (México) “Retos que representa la enseñanza en el imaginario de la “Generación Einstein”.

9. Cristóbal Cobo (México) “Aprendizaje de código abierto”.

10. Raúl Trejo Delarbre (México) “Un niño para cada laptop”.

11. John Moravec (EEUU) “¿Y ahora, qué?”.

12. Miguel Brechner (Uruguay) “Los Tres Si”.

[Via: TIC, Educação e Web, de Jorge Borges]

sexta-feira, outubro 09, 2009

Participação e literacia digital

Acaba de sair na Futurelab, no Reino Unido: Digital participation, digital literacy, and school subjects - A review of the policies, literature and evidence.

Refere, nas conclusões:
A series of conceptual and pedagogical models has emerged from recent research which aim to support the development of digital literacy and young people’s
participation in the classroom. These models suggest that the development of
learners’ digital literacy requires them to define a task or question, access information which will help to complete this task or answer the question, understand and analyse this information, recontextualise it and relate it to other knowledge, in order to create an answer to the question and communicate the results. At all stages of the process, young people need to reflect critically upon what they have been doing, as well as deciding what sort of digital or non-digital tools are
appropriate to the task.

domingo, outubro 04, 2009

Na morte de Mercedes Sosa, "Gracias a la vida"

Sobre os prémios que recebeu, disse:
"Estes prémios não me são atribuídos porque canto, mas porque penso. Penso nos sers humanos e na injustiça. Penso que se não pensasse, o meu destino não teria sido o mesmo".
É dela a conhecida "Gracias a la vida que me ha dado tanto".

Registo

O documento, do Governo do Reino Unido, já é de 2001, mas fica para registo:
MEDIA LITERACY STATEMENT
A general statement of policy by the Department for Culture, Media and Sport on Media Literacy and Critical Viewing Skills.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Relatório sobre adolescentes e redes sociais



Mais de 80 por cento de adolescentes e jovens espanhóis entre os 11 e os 20 anos usam alguma das redes sociais (especialmente o Facebook e Tuenti), mas apenas 40 por cento dos respectivos pais sabe que eles têm uma conta naquelas plataformas. O dado consta de um relatório que a Fundação Pfizer acaba de publicar, intitulado "La Juventud y las Redes Sociales en Internet”.
O inquérito de que o relatório dá conta, efectuado junto de uma amostra de mil indivíduos, sugere que anda pelos 385 a percentagem dos pais que mantêm algum tipo de supervisão dos movimentos e práticas dos filhos nesta matéria. E, no entanto, muitos deles publicam informação pessoal sobre a idade, o lugar de residência, vídeos e imagens. A par do facebook e do Tuenti, o messenger e o YouTube são também muito populares.
Mudando, talvez, o Tuenti para o Hi5, será muito diferente o panorama em Portugal?

quinta-feira, outubro 01, 2009

Nativos, excluídos, imigrantes e colonos digitais

Que vengan los nativos digitales, diz Alejandro Piscitelliem entrevista à revista mexicana Etcétera:

"Pero quién es un nativo digital? En principio, alguien que nació después de 1980, de 1990, en la era de las computadoras personales, pero más todavía en la era de las redes, con lo cual esto le da un sesgo generacional porque hay muchísima gente que nació después de 1990 y son excluidos digitales, por ejemplo. ¿Quiénes son éstos? Los jóvenes que no tienen acceso a la tecnología por muchos motivos, fundamentalmente el socioeconómico, pero también pueden ser motivos culturales o vocacionales; hay gente que sigue muy pegada al mundo analógico, ellos se autoexcluyen. ¿Y quiénes sí son nativos digitales en esta especie de tabla de doble entrada donde hay cuatro o cinco categorizaciones? Son no solamente quienes nacieron hace 20 ó 15 años, sino los que se apropiaron de la tecnología, pero no en el sentido espontáneo, sino aquellos que realmente le sacan jugo y la usan en una forma mucho más creativa y emergen nuevas posibilidades de pensamiento, de acción y de involucramiento. Y aún así nos quedan otras categorías; por ejemplo los inmigrantes digitales, quienes nacimos mucho antes de los 80, pero que no tenemos ni acceso ni facilidad ni interés ni capacidad de usar las tecnologías. Y otra categoría somos los que nacimos antes de los 80, pero que sí podemos usar las tecnologías; le podemos llamar colonos digitales a esos. Entonces ya tenemos cuatro categorías y esto sólo contemplaría a la mitad de la población mundial. Hay otra mitad que no tiene acceso a Internet, son los pobres del mundo. Si lo ves en esta ecología de categorías a mí me parece más interesante."