domingo, maio 16, 2010

Obama e a tecnologia ao serviço da cidadania

Ainda sem entrar nos detalhes do congresso de Sevilha, deixo aqui outra leitura de final de fim-de-semana, já a entrar na semana que agora começa. No dia 9 de Maio o presidente dos EUA, Barack Obama, discursou na Universidade de Hampton, focando-se na questão da educação. Lá pelo meio do discurso encontra-se isto:

"Vocês estão a amadurecer num ambiente mediático de 24 horas por dia, sete dias por semana, que nos bombardeia com todos os tipos de conteúdos e que nos expõe a todos os tipos de discussões, algumas das quais que nem sempre se posicionam muito alto na escala da verdade. E, com iPods e iPads; e Xboxes e Playstations - com as quais eu não sei trabalhar - a informação torna-se numa distracção, numa diversão, numa forma de entretenimento, em vez de ser uma ferramenta de capacitação, em vez de ser o meio da emancipação. Isto não está apenas a colocar pressão sobre vocês; está a colocar pressão sobre o nosso país e sobre a nossa democracia."

O comentário causou polémica, em particular sendo Obama o presidente que foi eleito com a ajuda da onda do Youtube e das redes sociais. Parece-me adequado acrescentar outro parágrafo do discurso:

"[O que os fundadores dos EUA] reconheceram foi que, no longo prazo, a sua improvável experiência - chamada América - não funcionaria se os seus cidadãos não estivessem informados, se os seus cidadãos estivessem apáticos, se os seus cidadãos deixassem de se importar e abandonassem a democracia nas mãos dos que não tinham os melhores interesses de todo o povo no coração. Só poderia funcionar se cada um de nós se mantivesse informado e comprometido; se chamássemos o nosso governo à responsabilidade; se cumpríssemos as obrigações da cidadania".

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