domingo, fevereiro 27, 2011

Leituras

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Responsabilidade dos media na formação dos públicos

Num discurso pronunciado em Braga, em 2007, o então ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, propôs-se fazer uma "interpelação da informação a partir da cidadania", nomeadamente dos "termos e alcance da responsabilidade dos media". Sublinhou, então, quatro dimensões relevantes de responsabilidade social, a saber: a) a transparência; b) a informação ao público dos processos de produção e divulgação da informação; c) os princípios, valores e normas que regulam a informação livre em sociedades democráticas; d) a responsabilidade profissional do jornalismo . Sobre o ponto da alínea b) explicou o ministro:
"A segunda dimensão da responsabilidade social é a informação ao público dos processos de produção e divulgação da informação. Não é um jogo de palavras. O valor do que se publica depende da validade dos processos seguidos na selecção dos acontecimentos, no acesso às fontes, na comprovação das fontes, na contextualização e interpretação dos dados e por aí adiante. Os media devem contribuir para que o público tenha algum conhecimento e, portanto, alguma possibilidade de apreciação crítica sobre o modo como se definem agendas, se constroem notícias e comentários e se acolhem opiniões, e como nessas operações se respeitam os princípios de independência, objectividade e pluralismo. Ora isso consegue-se de duas formas complementares: ter cada órgão, no relacionamento com a sua audiência, a preocupação de ir dando a conhecer os critérios e métodos que adopta; e estarem as instituições relevantes, dos media às escolas, implicadas no desenvolvimento de capacidades de leitura e uso crítico dos media, ou seja, implicadas no desenvolvimento da educação para a comunicação social".
Discurso do Ministro dos Assuntos Parlamentares na sessão de encerramento do 5.º Congresso da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom), promovido pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, em Braga, em 07-09-2007

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Congresso "Literacia, Media e Cidadania": inscrições abertas

A infância na música portuguesa

Não temos dado aqui muito espaço à radio, à música. Não resistimos a esta dádiva de algumas horas de música portuguesa para/sobre a infância, do blog A Nossa Rádio:

 - Primeira parte: Canções de embalar e histórias de encantar
"Os Cantos da Casa" n.º 84: MP3 

- Segunda parte: No reino das fadas e dos bichos
"Os Cantos da Casa" n.º 100: MP3

Aumenta o número de europeus com acesso a serviços públicos online

No relatório 'Europe's 9th e-Government' divulgado hoje pela Comissão Europeia percebe-se, entre outros dados, que cresceu o número de cidadãos europeus com acesso a serviços públicos online. De 2009 para 2010, a média de acesso a estes serviços cresceu de 69 para 82 por cento. A Comissão considera que a decisão de muitos governos em disponibilizar serviços através da Internet "ajuda a reduzir custos nas administrações públicas, bem como processos burocráticos e morosos para empresas e pessoas". Para o organismo europeu, encontrar emprego e fundar uma empresa continuam a ser os dois serviços online mais utilizados pelos cidadãos, em matéria de e-government.

A Comissão Europeia alerta, contudo, para a disparidade existente em muitos países. Por outro lado, e como parte das ambições assumidas na Agenda Digital para a Europa, pretende-se que, até 2015, um em cada dois cidadãos e quatro em cada cinco empresários utilizem os serviços online prestados pelos diversos governos.

A Comissão sublinha ainda que estes dados reforçam os objectivos do Plano de Acção lançado em Dezembro de 2010, que procura desenvolver, em conjunto com os estados-membros, políticas públicas para disponibilizar serviços via Internet.

O relatório integral, aqui.

domingo, fevereiro 20, 2011

Educomunicação: dois novos livros

Dois novos livros saídos no Brasil, ambos das Edições Paulinas, que interessam aos amantes e praticantes desta nossa área:

  • Ismar Oliveira Soares (2011) Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação – contribuições para a reforma do Ensino Médio
  • Adílson Odair Citelli e Maria Cristina Castilho Costa (2011) Educomunicação: Construindo uma nova área de conhecimento.

Via: tweets de @antoniaalves

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Sítios de educação para os media em francês

Para quem se movimenta na cultura e na lingua francesas, é útil a informação sobre sítios relacionados com a educação para os media disponibilizada pelo Les Enseignants Documentalistes da Académie de Poitiers:

Sites d’éducation aux médias

  • En premier lieu, le site institutionnel du CLEMI, le Centre de Liaison de l’Enseignement et des Médias d’InformationLe CLEMI de notre académie, le site du CLEMI national
  • Site "réseau éducation médias", un site canadien à explorer : des fiches pratiques, kit pédagogique, des grilles d’analyse de journaux...Bref un incontournable ! Réseaux éducation média
  • Un blog critique : le blog de François Jost, chercheur spécialiste des médias ; une mine d’or ! "Comprendre la télé"
  • Le site de l’INA pour les professionnels : INA.
    En complément , un nouveau site de réflexions : INAglobal
  • Décryptimages  : Essentiel ! Des modules, des diaporamas, des analyses détaillées... décryptimages
  • Des analyses thématiques, réflexions théoriques : mediascritique
  • Un site belge très intéressant avec de nombreux dossiers : les dérives des médias... espace citoyen
  • Le site de l’émission "intermédias" (Radio-télévision belge de la Communauté française (RTBF) : vidéos... intermédias

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Regulador dos media da Bélgica lança concurso de investigação em educação para os media

O Conselho Superior do Audiovisual da Bélgica (francófona) decidiu abrir concurso para um investigador residente que pretenda desenvolver pesquisa sobre educação para os media, na sua relação com a função de regulação.
O CSA, que tem na investigação uma das suas áreas importantes de investimento (basta referir que atribui anualmente um prémio à melhor tese ou relatório final de curso que aborde o audiovisual e a regulação), pretende, assim, contribuir para o estudo das relações entre a regulação do audiovisual e a educação para os media.
Tendo a possibilidade de definir uma temática específica para estes concursos, o Conselho entendeu fazê-lo, pela primeira vez, sobre a educação para os media. Ponto interessante é que o concurso é aberto quer a candidatos de perfil mais académico quer de perfil mais profissional.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Apontamentos sobre a apresentação do Booklet “Internet e Redes Sociais – Tudo o que vem à rede é peixe?”


Integrado na iniciativa “Redes Sociais e Literacia Digital” que serviu para assinalar o Dia Europeu da Internet Segura (que se comemorou este ano a 8 de Fevereiro), foi lançado na passada sexta-feira, no Auditório Vita, em Braga, o booklet “Internet e Redes Sociais – Tudo o que vem à rede é peixe?”, da autoria dos investigadores do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho e autores deste blogue, Luís Pereira, Manuel Pinto e Sara Pereira.

Num auditório onde estiveram presentes mais de 150 pessoas, Manuel Pinto deu início à apresentação da brochura numa intervenção dedicada ao tema “Os Media e as Crianças - a importância da investigação”. O investigador defendeu a divulgação da investigação sobre a vida das crianças e dos media, para que não fique remetida a gente da academia, para que possa ser partilhada por um público mais vasto, entre pais e educadores. Sobre o tema em concreto deste livro, Manuel Pinto referiu que a sociedade não deverá ter uma postura de protecção das crianças relativamente à Internet. Pelo contrário, «deve capacitá-las, reconhecendo os perigos e a necessidade de estarmos apetrechados para essas ameaças», afirmou. O docente referiu ainda que este booklet procura alertar a consciência para a necessidade de «fazer cidadãos mais críticos e activos na sociedade».

Por sua vez, na intervenção dedicada ao tema “Educação para os Media: das ideias à acção”, Sara Pereira sublinhou que «a literacia mediática ainda não é uma realidade no nosso país, entre várias razões, pela falta de recursos, de materiais educativos que ensinem, por exemplo, os pais a lidar com estas questões». Contextualizando o lugar da literacia mediática em diversos documentos oficiais de entidades como a UNESCO ou a Comissão Europeia, a investigadora debateu ainda a forma como a família, a escola e os media estão enredados num sistema de crenças marcado pelo desleixo ou «pelo medo do mundo e dos seus perigos», ao mesmo tempo que defendeu uma abertura inquieta e crítica dos cidadãos perante os media. Por último, referiu que o livro «não é um receituário, mas procura dar pistas, sugestões, que cada um deverá adaptar ao seu projecto educativo».

Ademar Aguiar, fundador da empresa Tecla Colorida, uma spin-off do INESC Porto e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, foi convidado para apresentar o booklet, relembrando que é dirigido às famílias, professores e demais educadores, sobre a Internet, com especial enfoque nos usos das Redes Sociais. Aguiar referiu que «o livro é bastante agradável de ler, simples e acessível a todos», antes de fazer uma breve retrospectiva do percurso da evolução da Internet, até debater alguns pontos relativamente às redes sociais que, segundo o próprio, «dominam a actualidade», Sublinhou igualmente a ideia de que «em vez de proteger é importante explicar, mostrar e não ocultar às crianças de que são feitos os chamados softwares sociais, como o Facebook, ou os chats de conversação». Relativamente ao livro, o convidado destacou, entre outros aspectos, as dez partes que o compõem, a recolha de desenhos de crianças sobre redes sociais e o «equilíbrio, o juízo pessoal, em detrimento do pessimismo versus optimismo em relação a este tema».

O booklet “Internet e Redes Sociais – Tudo o que vem à rede é peixe?” é o terceiro e último número de uma colecção, EduMedia, produzida no âmbito do projecto “Media Education in Booklets: Learning, Knowing and Acting” e que foi premiada com o “Evens Prize for Intercultural Education 2009 – Media Education”.

Recorde-se que o primeiro booklet, intitulado “Como TVer”, foi lançado em Novembro de 2009, tendo o segundo sido subordinado ao tema “Vídeojogos – Saltar para outro nível” (Junho de 2010).
Fotografia: Vítor de Sousa

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Tudo o que vem à rede é peixe?
















Internet e redes sociais. Tudo o que vem à rede é peixe? é o tema do booklet que será apresentado nesta sexta-feira, dia 11, em Braga, no Auditório Vita, a partir das 21h30. Será ainda uma forma de abordar as questões suscitadas pelo Dia Europeu da Internet Segura, evocado na passada terça-feira.
A apresentação propriamente dita será feita por Ademar Aguiar, fundador de uma empresa spin-off do INESC Porto e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Mas a sessão contará ainda com uma intervenção de Sara Pereira, coordenadora do Projecto “Media Education in Booklets", desenvolvido na Universidade do Minho, que falará sobre “Educação para os media: das ideias à acção e Manuel Pinto, director do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, que abordará o tema Os media e as crianças. A importância da investigação”.
Este booklet conta com os mesmos personagens dos dois anteriores, o primeiro sobre Como TVer e o segundo sobre Videojogos.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

10 (possíveis) estratégias para tirar partido das redes sociais

As redes sociais constituem, desde meados da primeira década de novo século, uma nova plataforma de interacção no universo online. Até aqui nada de novo, parece-me. Reconhecendo que a gestão destas ferramentas poderá ser incluída num dos pressupostos enunciados pela disciplina que nos reúne aqui - a utilização (crítica) de novos media - ultimamente têm sido diversas as instituições que lançam estudos sobre como gerir convenientemente uma rede social, entre Twitter, Facebook, Flickr, Myspace, só para enumerar alguns exemplos.

O Centro de Estudos Financeiros (CEF) espanhol não fugiu a esta tendência (assumo que, na pior das hipóteses, poderá ser uma imprecisão ou distracção da minha parte) e lançou hoje um decálogo com algumas recomendações para a comunidade em geral e, em particular, para «empresários, executivos, freenlancers e profissionais de outros sectores» tendo em vista uma gestão «frutífera e de sucesso» das diversas redes sociais. Na elaboração do documento participou o professor de networking do CEF, António Porras.

Em termos gerais, o documento apela às seguintes práticas neste contexto (via portal PuroMarketing):

«1. Definir que redes utilizar: Coexisten en la actualidad muchos tipos de redes: Las generalistas y más populares con un enfoque más social - Facebook (esta red podemos utilizarla tanto para ocio como profesional), Twitter o Tuenti (especialmente en España y entre un público joven), y las profesionales LinkedIn, Xing o Viadeo. Lo más conveniente es estar presente en varias de ellas según nuestro target y nuestra ubicación o mercado. Conectando así con nuestros clientes, con los potenciales, proveedores y colaboradores de manera segmentada.

2. Pertenecer a redes verticales: Estas redes son aquellas destinadas a temáticas concretas de nuestro sector, ubicación o interés. Por ejemplo, MySpace focalizada en la industria de la música principalmente, Livemocha sobre estudiantes de idiomas o redes exclusivas privadas como AsmallWorld, Busca la tuya o crea una propia. Existen herramientas muy potentes y a bajo coste. Una buena estrategia debe combinar ambos tipos de red: generalistas y verticales. Estas últimas son la tendencia más importante después de la explosión del networking virtual (on-line).

3. Emplear palabras clave: Conviene crear una lista de palabras clave que estén relacionadas con tu persona, tus intereses o con tu negocio. Llamadas keywords, muy descriptivas que definan perfectamente y de manera sintética tu actividad e intereses. De esta manera, cuando alguien introduzca en un buscador ese campo aparezcas bien posicionado. Te sugiero y animo a hacer una lista por escrito, esto catalizará tu negocio, objetivos o propósitos.

4. Dedicale tiempo: Generar una red de contactos valiosa significa tiempo, especialmente al inicio. Debes fijarte un método y unos tiempos determinados para gestionar tus contactos, establecer unas pautas y cumplirlas. Destinar unas horas a diario o a la semana para actualizar los contenidos y la información de tu perfil, mejorando, así, tu imagen digital. Aprovecha las herramientas ya que hoy en día en la red todo está conectado, desde redes sociales hasta páginas web o blogs, lo que permite vincular entre sí distintos perfiles y nuestra información on-line. Esto nos ayuda a optimizar nuestro tiempo de gestión.

5. Mantener vivo el contacto: Aunque parezca una obviedad, la comunicación bidireccional es muy importante. Un simple “gracias” tras la recepción de un mensaje genera simpatía y ofrece al receptor un grado de compromiso por nuestra parte. La virtualidad nos permite un seguimiento de nuestros contactos de manera fácil, a nivel local, nacional e internacional, no existen distancias. Hay que generar comunidad, fortaleciendo y potenciando las relaciones.

6. Reconectar: Piensa en antiguos contactos y reconéctalos. Amigos del colegio, universidad, compañeros de trabajo, hobbies o actividades de ocio ( gimnasio, música, ..). Te sorprenderá la cantidad de vínculos que se pueden recuperar generando sinergias y aportandonos beneficios que no imaginamos. Haz una lista y buscalos, te sorprenderás seguramente en más de una ocasión.

7. Conectar con desconocidos: Localiza a los actores activos de tu sector aunque no los conozcas. Contacta con personas que pueden ser un catalizador para tu negocio, idea o proyecto. Existen perfiles claves llamados conectores.

8. Crear tu propio grupo o página de fans: Esto te permitirá compartir, con contactos que son afines a contenidos, información de servicios o productos y promociones. Contribuye con material visual (fotografías y videos) y datos relacionados con tu actividad aumentando tu credibilidad y visibilidad. Aporta contenido actual y de calidad, con información relevante de empresa y sector.

9. Escoger buenas fotografías: Otro detalle aparentemente trivial, pero que genera confianza en el resto de usuarios es colocar una fotografía adecuada en nuestro perfil. Es aconsejable en las redes profesionales colgar una foto actual y si es posible que esté relacionada con nuestra actividad. Las redes generalistas se prestan a más informalidad, pero tenemos que ser conscientes de que siguen siendo nuestra carta de presentación.

10. Utilizar el sentido común: Tener una identidad digital puede ser un buen recurso para promocionarte en la red, pero tienes que ser listo y utilizar el sentido común. Muchas personas han perdido empleos o clientes por ciertos comentarios, detalles de carácter privado o fotografías inadecuadas. Con la privacidad debes ser cauto.»


Vários apontamentos em relação a esta questão: até que ponto as próprias empresas criadoras das redes sociais estão interessadas em promover a alfabetização - mediática, digital, por exemplo - das plataformas tecnológicas que disponibilizam? Por outra parte, que dificuldades encontram os utilizadores, que barreiras? E quem não tem qualquer perfil ou conta activada nas mais diversas redes sociais existentes, o que quererá isso significar? Que ilações poderíamos retirar?

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Educação para os media no ordenamento jurídico português

A Lei de Televisão, aprovada na Assembleia da República na última sexta-feira deverá ter procedido à transposição para a ordem interna da directiva comunitária "Serviços de Comunicação Social Audiovisual". Um dos aspectos desse documento legal é precisamente a Educação para os Media, que é a matéria tratada na al. 47º do preâmbulo e que abaixo se transcreve:


Directiva 2007/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Dezembro de 2007, relativa à coordenação de certas disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros relativas ao exercício de actividades de radiodifusão televisiva



O artº 33º da Directiva institui mecanismos de implementação que são taxativos, ao estabelecer que:

Até 19 de Dezembro de 2011 e, daí em diante, de três em três anos, a Comissão deve apresentar ao Parlamento Europeu, ao Conselho e ao Comité Económico e Social Europeu um relató­rio sobre a aplicação da presente directiva e, se necessário, formular propostas destinadas à sua adaptação à evolução no domínio  dos serviços de comunicação social audiovisual, em especial à luz dos progressos tecnológicos recentes, da compe­titividade do sector e dos níveis de educação para os media em todos os Estados-Membros.Esse relatório deve também avaliar a questão da publicidade televisiva que acompanhe ou esteja incluída em programas in­fantis e analisar, nomeadamente, se as regras quantitativas e qualitativas constantes da presente directiva proporcionaram o nível de protecção exigido.
Mais informação sobre a Directiva no site do Gabinete para os Meios de Comunicação Social.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Acaba de nascer: blog sobre Literacia para Mamãs

"Um mundo de dúvidas acompanha os pais desde os primeiros sinais de vida do bebé, ainda no ventre materno, até o momento em que a criança atinge a idade escolar (para alguns essas dúvidas nunca acabam!), na mesma medida em que informações sobre como se proteger e proteger o bebé surgem de todos os lados: através de familiares, amigos e, cada vez mais, dos meios de comunicação".
Foi para 'pegar nestas dúvidas e procuras que uma doutoranda em Ciências da Comunicação da Universidade do Minho decidiu gerar um blog a que batizou como "Ltiteracia para mamãs" e com este subtítulo "Sou mãe de um nativo digital!".
"A ideia de trazer para o debate alguns dos desafios impostos pela presença, cada vez maior, dos meios de comunicação na vida quotidiana e como essa ubiquidade dos media impacta no papel da mãe enquanto primeira educadora, surgiu no final do ano passado, no curso das pesquisas para a minha tese de doutoramento em Ciências da Comunicação" explica a autora, Ana Paula Margarido Azevedo.

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

UE cria grupo de peritos sobre literacia
Roberto Carneiro integra comissão presidida por princesa da Holanda

Na Europa, um em cada cinco alunos de 15 anos de idade (em Portugal: um em cada seis), assim como muitos adultos, não têm conhecimentos de base em matéria de leitura e de escrita, o que lhes dificulta a procura de emprego e os põe em risco de exclusão social. Para ajudar a solucionar este problema, a Comissão Europeia criou um grupo de peritos independente, com vista a identificar formas de aumentar os níveis de literacia. O grupo de 11 membros é presidido pela Princesa Laurentien dos Países Baixos, enviada especial da literacia para o desenvolvimento (UNESCO), e dele faz parte o ex-ministro português da Educação Roberto Carneiro. Os Ministros da UE fixaram como objectivo reduzir a percentagem de alunos com dificuldades a nível da leitura, da matemática e das ciências para menos de 15% até 2020.

O Grupo de alto nível, que ontem teve a primeira reunião, tem por objectivo dar visibilidade e importância política à questão do aumento dos níveis de literacia na Europa. O grupo analisará dados científicos e avaliará quais as polícas mais adequadas. Para tal, trabalhará durante os próximos 18 meses e apresentará propostas políticas à Comissão em meados de 2012. Com base nas propostas do grupo, a Comissária Vassiliou apresentará recomendações aos ministros da educação, no Outono de 2012. Neste contexto, os Estados-Membros e a Comissão aprofundarão a questão, que se insere no seu quadro de cooperação estratégica em matéria de educação e formação («Educação e formação 2020»).
Alunos com fraco aproveitamento em leitura (2009). Fonte: OCDE, Programa de Avaliação Internacional dos Estudantes (PISA)

De acordo com o Programa de Avaliação Internacional dos Estudantes (PISA) da OCDE, que serve de referência nesta matéria, alunos com fraco aproveitamento em literacia no contexto da leitura são os alunos "capazes de completarem apenas as tarefas de leitura menos complexas, como localizar uma única informação, identificar o tema principal de um texto ou realizar uma ligação simples com conhecimentos quotidianos. Os resultados variam entre o nível 1 e o nível 5 (nível mais elevado). Os alunos com fraco aproveitamento em leitura são os que têm resultados inferiores ao nível 2.