terça-feira, maio 31, 2011

"Linha Ajuda" sobre segurança na Internet lançada amanhã

Informação veiculada pela DGIDC (Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular)

«A Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI), parte integrante do consórcio Internet Segura de que faz parte a iniciativa SeguraNet do Ministério da Educação, vai lançar, no dia 1 de Junho de 2011, a "Linha Ajuda". O objectivo desta linha é prestar atendimento telefónico e online a jovens, professores, pais e encarregados de educação em matérias relacionadas com a segurança na Internet.

Este serviço abrange temáticas como a segurança no computador pessoal; a navegação inteligente/crítica; a produção e disseminação de conteúdos, e os direitos de autor. A "Linha Ajuda" irá estar disponível em três modalidades de contacto para obtenção de informação: ligação telefónica, e-mail e site.

O projecto é co-financiado pela Comissão Europeia, uma vez que, para além de inserido no consórcio português Internet Segura, faz parte do projecto europeu Safer Internet.»

Neste sentido, a iniciativa disponibiliza os seguintes contactos:

- Número de telefone: 808 91 90 90

- Sítio: http://linhaajuda.internetsegura.pt

- Correio electrónico: linhaajuda@internetsegura.pt

Em comunicado, a FDTI sublinhou que «o serviço da «Linha Ajuda» abrange todos os assuntos relativos à utilização segura das tecnologias em linha, incluindo problemas relacionais no seio familiar ou entre pares, bullying e exploração imprópria e indigna das crianças e jovens, estando também preparado para encaminhar situações, que aparentem ser gravosas, para as entidades competentes.»

quinta-feira, maio 26, 2011

Filmado e mediatizado: o caso da adolescente espancada

O país - uma parte dele, pelo menos - tem-se impressionado com as imagens do caso da adolescente atacada por duas outras adolescentes, postas a circular na net. O vídeo é, de facto, chocante e revoltante, quer pela violência quer pelo consentimento dos circunstantes. Por outro lado, coloca em evidência um conjunto de problemas que importa considerar.
Com o contributo dos estudantes do mestrado de Comunicação, Cidadania e Educação, estivemos hoje à volta do caso. As questões de que partimos foram estas:
1. OBSERVAR: Quais os factos?
2. ANALISAR: Quais as questões colocadas pelos factos?
3. ACTUAR: Que se deve fazer perante essas questões?
Sobre os factos, ficou claro que o acontecimento existiu - na opinião pública - porque houve um vídeo tornado público no Facebook. Tudo indicia que a agressão física foi premeditada, tal como o foi o registo videográfico. Como alguém escreveu, o caso foi encenado para ser difundido. A partir do momento em que as redes sociais propagam as imagens e, sobretudo, que as televisões e restantes media o amplificam, ocorre uma espécie de espiral que ainda não parou. Três planos dos factos, pois: os actos de agressão e filmagem; o video disponibilizado; e a mediatização das imagens do vídeo.

Quanto às questões suscitadas pelos factos, são muitas e algumas delas, pelo menos, são bem complexas.
Temos, primeiro, a sessão de espancamento e a elevada violência das imagens - a adolescente empurrada para o chão, pontapeada na cabeça e noutras partes do corpo, arrastada pelos cabelos...E - segundo problema grave - a passividade do que regista a cena e de outros que a ela assistem. Por outro lado, a difusão do vídeo na Internet constitui um outro plano de violência, de ataque à dignidade da vítima, configurando uma espécie de ciberbullying. Por fim, o tratamento mediático, na maioria dos sites e nas emissões televisivas é ainda uma forma de violência inaceitável, uma vez que a informação (que é um bem inquestionável) não é compaginável com a humilhação de pessoas e a exploração sensacionalista dos factos.
Ao mesmo tempo, não é correcto pretender-se generalizar uma situação aparentemente rara para o conjunto das famílias e até para as escolas (como, ainda ontem, um diário abusivamente fazia); assim como deve ser tido como simplista e demagógico pretender atribuir às redes sociais ou à Internet as responsabilidades da difusão do vídeo, como terá acontecido no Jornal da Noite da SIC.

O que fazer? A resposta a esta pergunta passa por diversos caminhos. É necessário ter em conta que muitos dos problemas referidos decorrem de um terreno favorável por parte de significativos segmentos de púbico. Este é um problema cultural estrutural, que só lentamente poderá ir-se alterando. A percepção clara da lógica em que os media funcionam e das razões que os levam a explorar até ao tutano certo tipo de imagens e de acontecimentos - aspecto central da literacia para os media - é um caminho fundamental, com resultados significativoas também só "à la longue". Os aspectos ético-morais implicados nos vários planos deste caso carecem de ser reflectidos e trabalhados. A passividade de quem vê os direitos de alguém serem espezinhados; os critérios a seguir no upload e publicação de conteúdos; os direitos dos cidadãos face aos media e os deveres deontológicos dos jornalistas e das empresas jornalísticas - eis alguns dos terrenos em que é possível desenvolver e promover a iniciativa.

quarta-feira, maio 25, 2011

Cartoons e caricaturas

A última edição do programa Nativos Digitais - que passa aos domingos na RTP2, é produzido pela Farol de Ideias e tem como consultores dois dos autores destes blogue, Manuel Pinto e Sara Pereira - teve como tema os cartoons. O programa pode ser visto a partir da página do Facebook dos Nativos Digitais clicando no seguinte endereço: Cartoons.

Henrique Monteiro faz caricaturas que disponibiliza diariamente no seu site e publicou, há uns dias, um vídeo do making of de um trabalho referente à forma como desenhou a caricatura de Cristiano Ronaldo.



São dois documentos interessantes que podem ser explorados nomedamente com os alunos, do ponto de vista do conteúdo e dos objectivos quer do cartoon e da sua presença nos media, quer da caricatura; aproveitando ainda para observar diferentes técnicas de realização dos desenhos.

quinta-feira, maio 19, 2011

Iliteracia digital dos professores, diz relatório

Acaba de ser divulgado o relatóriot Horizon Report 2011, realizado pelo New Media Consortium (NMC) e pelo Consortium for School Networking (CoSN). Incide sobretudo nas tecnologias emergentes que terão impacto na educação a curto prazo, do pré-escolar ao 12º ano.
O documento identifica cinco desafios críticos para as tecnologias educativas, bem como cinco tendências emergentes"chave".
Acerca da iliteracia mediática digital dos docentes, que é o primeiro dos cinco desafios (cf lista abaixo), refere-se no relatório:
"O desafio é devido ao facto de que, apesar do amplo consenso sobre sua importância, a formação em competências de literacia e técnicas digitais é raro na formação de professores e nos programas de desenvolvimento profissionaldo das administrações escolares.
Além disso, quando os professores têm acesso a formação focada na tecnologia ela incide sobretudo no lado efémero da literacia digital - tecnologias específicas e do momento, em vez de conceitos de tecnologia".
5 Desafios Críticos
  • 1. Iliteracia digital entre os professores;
  • 2. As pressões económicas e novos modelos educacionais;
  • 3. Falta de apoio à aprendizagem personalizada;
  • 4. Resistência institucional à mudança;
  • 5. Incapacidade para conectar as aprendizagens extracurriculares dos alunos às atividades de aprendizagem em sala de aula.
5 Tendências Emergentes
  • 1. Abundância de recursos on-line;
  • 2. Descentralização das TI;
  • 3. A exclusão digital como uma função da educação, não da riqueza;
  • 4. Fácil e atempado acesso à tecnologia;
  • 5. Adesão à inovação.
Ler o relatório aqui:

terça-feira, maio 17, 2011

Mais participação, melhor cidadania?

"Mais participação, melhor cidadania? A voz do público nos media" é o mote de uma sessão que decorrerá na tarde do dia 1 de Junho, no Auditório do Centro Multimédia, da Universidade do Minho, em Braga.
Organizado no âmbito da unidade curricular de Públicos, Media e Cidadania (docente: Sara Pereira), do curso de 1º ciclo de Ciências da Comunicação, o evento conta com a participação de Marisa Torres Silva Paquete de Oliveira, Luísa Calado, Fábio Ribeiro, Susana Sampaio Dias, Joaquim Fidalgo, Andrea Neves e António Jorge.


(Clicar para ampliar)

segunda-feira, maio 16, 2011

Facebook na sala de aulas - deseja o ... Facebook

A rede social Facebook lançou uma ferramenta para auxiliar os professores a entenderem e a explorarem as potencialidades da rede social dentro das salas de aula. Esta nova ferramenta está disponível online e foi criada por três especialistas na área.
Os responsáveis acreditam que uma das ferramentas mais poderosas do ensino é a promoção do entusiasmo, impulsionando a uma aprendizagem activa. Neste sentido, os professores podem manter a sua privacidade e interagir profissionalmente com os alunos, utilizando recursos de grupos e páginas, sem a necessidade de se tornarem amigos.
Este guia está apenas disponível em inglês; no entanto, a rede social prevê disponibilizá-lo noutros idiomas.

(Fonte: Fibra)

A formação do público dos media

Faz cada vez mais falta promover a alfabetização mediática dos cidadãos. E faz falta para que não comam e calem o lixo televisivo, as meias verdades do jornalismo, as pseudo-notícias repetidas até à náusea, o parti-pris apresentado sob a capa do rigor e o silenciamento do que incomoda ou que dá trabalho averiguar.
A alfabetização mediática tem sido definida, nomeadamente pela União Europeia, como “a capacidade de procurar, compreender, avaliar com sentido crítico e criar conteúdos nos meios de comunicação”. É uma definição insuficiente, por sobrevalorizar os conteúdos, em detrimento dos contextos, recursos, valores e referenciais éticos. Mas constitui um ponto de partida importante, que urge trazer para os lugares cimeiros das preocupações educativas e culturais, em tempo de fortíssima mediatização.
No próximo dia 23, completam-se 40 anos sobre a publicação da “Communio et Progressio”, um documento desejado pelo Concílio Vaticano II, que continua a ser inspirador da acção pastoral, política e comunicativa. Nele se enfatiza o papel e a força que o público pode ter na melhoria da qualidade da comunicação social, sobretudo quando se organiza para fazer ouvir a sua
voz.  “O público  - nota o ponto 82º - assume um papel activo no processo de comunicação social, sempre que criticamente julgar as notícias recebidas, tendo em conta a sua fonte e contexto; sempre que souber completar notícias parciais, com elementos colhidos noutras fontes; sempre que, enfim, não tiver medo de manifestar claramente as suas reservas, acordo ou completo desacordo com as comunicações recebidas”.
Como é, todavia, evidente, a credibilidade e eficácia da acção do público supõe a formação de utilizadores esclarecidos e críticos. É mais fácil vociferar contra os media do que reconhecer que eles estão aí, cativam e influenciam, sendo para muitos um factor crucial nas relações sociais e na abertura de horizontes ao quotidiano.
A presença da educação para a comunicação social faz falta nas escolas e noutros contextos formativos extra-escolares. Nisto a Igreja poderia ter um papel pioneiro se, através da formação dos seus agentes de pastoral e dos seus colégios, apostasse a fundo nesta dimensão, como determina, de resto, a “Communio et Progressio” (pontos 102 a 113). Porque este é um terreno estratégico e sensível do diálogo entre a fé e a razão, entre a Igreja e o mundo.

(Texto publicado na edição de hoje do jornal digital Página 1; Foto: crédito)

domingo, maio 15, 2011

quarta-feira, maio 11, 2011

Miúdos comentam morte de Bin Laden



Ler, sobre o assunto: AQUI, AQUI e AQUI.

terça-feira, maio 10, 2011

Concurso de jornais escolares em Guimarães


O Gabinete de Imprensa - Associação de Profissionais e Colaboradores da Comunicação está a organizar a quinta edição do concurso de jornalismo escolar, como forma de "contribuir para o fomento e dinamização dos jornais escolares, proporcionando aos estudantes um contacto mais aproximado com a realidade do jornalismo".
Podem concorrer jornais escolares das escolas dos 2º e 3º ciclos, do ensino secundário e escolas profissionais dos dez municípios da região do Vale do Ave. Prazo das candidaturas: 31 de Maio.
Regulamento: AQUI.

segunda-feira, maio 09, 2011

Revisitando as primeiras 25 edições de "Nativos Digitais", na RTP2

Constitui já um acervo significativo o conjunto de edições do Programa "Nativos Digitais" que, com produção da Farol de Ideias, a RTP2 emite dominicalmente, ao início da tarde. É possível recuperar as peças emitidas, para eventual utilização pedagógica. Fica, para tal, a listagem dos temas de cada uma das emissões:

25 - Livros: Papel ou ecrã
24 - Playlists: apenas uma ferramenta ou arma de destruição da diversidade?
23 - Literacia para os media: Saber consumir e produzir + Paquete de Oliveira faz balanço 
22 - O jornalismo desportivo é jornalismo?
21 - TDT: Preparem-se, vem aí o apagão

quinta-feira, maio 05, 2011

Bin Laden, os jornais e a educação para os media

Não concebo a educação para os media desatenta à actualidade.
A sucessão de grandes acontecimentos, neste século em torno do problema do terrorismo e da luta conta o terrorismo > 11 de Setembro - Guerra no Afeganistão e no Iraque - morte de Bin Laden < coloca em jogo questões das mais candentes acerca das relações entre povos, entre culturas e entre estados e representou para os media uma das maiores desafios sobre o seu modo de estar e de exercer o seu papel de ajudar os cidadãos a compreender criticamente o mundo.
O modo como os media têm acompanhado o 'episódio' mais recente - o ataque a um complexo no Paquistão e a consequente morte de Bin Laden, o homem mais procurado do mundo, desde há quase uma década, volta a suscitar questões preocupantes, também ao jornalismo. O exercício que aqui proponho é um pequeno contributo para olhar para aquilo que os media não mostram nem debatem e que, no entanto, é fundamental para perceber com que lentes e com que significados lêem e propõem aquilo que acontece.
São bem-vindas todas as observações, críticas e sugestões.
Exercício de literacia mediática sobre cobertura da morte de bin laden
Para ver na página original: AQUI
To read an english version: HERE

quarta-feira, maio 04, 2011

"Declaração de Braga"

As conclusões do 1º Congresso Nacional de Literacia, Media e Cidadania já estão disponíveis:

Declaração de Braga.

terça-feira, maio 03, 2011

Quem filtra a informação e as notícias a que acedemos?

Literacia dos media é processo não mensurável

"(...) media literacy is not just measurable knowledge and skills that can be acquired in institutional settings of education. With the current social media scene, media literacy is most of all about attitude, sometimes critical, towards learning and experiencing the world with and through media. Media literacy should be seen as a process of active involvement with a volition to produce, construct, share and categorize knowledge, opinions and experiences".
Olli Vesterinen

segunda-feira, maio 02, 2011

Crianças, família e leitura na era digital

"O virar de página, na era digital" é o subtítulo que traz o relatório “2010 Kids & Family Reading Report” que acaba de ser publicado na Internet pela Scholastic. Reporta os resultados de um inquérito realizado em 2010 junto de 1045 crianças dos 6 aos 17 anos e seus pais, num total de 2090 inquiridos, nos Estados Unidos da América.
O estudo foca as "atitudes e comportamentos das crianças e dos seus pais relativamente à leitura não obrigatória de livros e o modo como a tecnologia pode estar a influenciar e a mudar" tais atitudes e comportamentos".
A Scholastic é uma editora e empresa educativa de media que se deu como missão, vai para 90 anos, ajudar as crianças de todo o mundo a ler e a aprender, reconhecendo que a literacia é "a pedra angular do crescimento intelectual, pessoal e cultural das criaças".
























(Um resumo dos resultados do estudo em português AQUI)

domingo, maio 01, 2011

A literacia mediática e as notícias: um vídeo e um projecto

Há iniciativas e projectos no âmbito da literacia dos media cuja razão de ser é o jornalismo e as notícias de actualidade. É o caso de "The news literacy project". Eis o seu último vídeo, que dá conta do impacto deste projecto em escolas de cidades como New York City, Chicago e Bethesda: