sexta-feira, março 29, 2013

“Um Tablet por Aluno e Mochilas mais Leves!”. O Mote da Digitalização da Escola Italiana.


A notícia:
As escolas italianas adoptarão livros digitais a partir do ano escolar 2014/2015. Trata-se de um processo gradual, por enquanto relativo ao corpo docente, mais tarde aos alunos, com adopção de tablets. Trata-se por alguns de um revolução, em termos de ensino e de investimento editorial, por outros de “só mais um passo rumo à realização dos objetivos da Agenda Digital”.

Fontes: http://www.ilsole24ore.com/art/notizie/2013-03-26/addio-libri-cartacei-anno-152222.shtml?uuid=AbPyxlhH
http://www.repubblica.it/scuola/2013/03/26/news/libri_digitali_profumo_convince_gli_editori_e_calano_i_tetti_di_spesa_risparmi_per_100_euro-55400933/

 
A favor:
“Graças a estas medidas os estudantes terão a possibilidade de utilizar também na escola, e para objetivos didácticos, instrumentos que já utilizam difusamente em casa, melhorando o nível de competências digitais da inteira população. Sem esquecer os benefícios que poderão derivar das mochilas sem o peso excessivo dos livros no formato em papel”.

Conclusão da press-release, disponível integralmente em:
http://hubmiur.pubblica.istruzione.it/web/ministero/cs260313.


As críticas:
Nos últimos dias levantou-se uma viva polémica entre a associação Italiana dos editores (Aie), primeiro interlocutor do governo nesta matéria, e o Ministro da Educação, Francesco Profumo. Os editores argumentaram contra o decreto questionando o ministro: será que as escolas, sem as dotações tecnológicas necessárias (wi-fi, computadores, banda larga, fibra..) conseguirão segurar a mudança? Porque é que o corpo docente não foi preparado para uma mudança tão radical? Quantos professores conseguem trabalhar com desenvoltura com devices tecnológicos? Os alunos poderão substituir as mochilas com os próprios iPads, iPhones e Kindles, e os que não os tiverem? Será a escola a fornecer os tablets? Com que dinheiro?

Fontes: http://www.ilgiornale.it/news/interni/editori-contro-profumo-nessun-accordo-i-libri-digitali-900489.html
http://www.flcgil.it/rassegna-stampa/nazionale/libri-digitali-aspra-polemica-editori-profumo.flc


Deixo na mesa um assunto sobre o qual refletir e conversar e convido-vos a conversar em torno da ideia que fundamenta o decreto, a ideia de que substituir as mochilas por tablets/portáteis possa "melhorar o nível de competências digitais da inteira população".




                                                                         Fonte imagem:http://thejournal.com/


 

 

segunda-feira, março 04, 2013

“Sete Dias com os Media”: desafio a todos nós

De 3 a 9 de Maio próximo, está em preparação uma iniciativa de âmbito nacional que incentiva os portugueses, de todas as idades e condições, a considerar o lugar que os meios de comunicação ocupam nas suas vidas e a tomar iniciativas sobre o assunto. Esta operação, que envolve também profissionais e instituições mediáticas, designa-se “7 Dias com os Media” e é, sobretudo, um desafio à criatividade, à iniciativa (ver mais informação AQUI).
Uma família, uma turma, um grupo informal, uma biblioteca, uma associação ou mesmo uma pessoa individualmente podem participar nesta mobilização colectiva que começou por ser apenas um dia, em 2012, e que agora se alarga a uma semana, para dar mais flexibilidade às iniciativas que cada qual entender desenvolver com total liberdade.
Que se pode fazer? Uma infinidade de coisas e mais aquelas que se inventarem. Os mais pequenos poderão expressar-se sobre os media através do desenho, da fotografia, do vídeo, da colagem, do texto. Em casa, os membros de uma família poderão repensar o modo como gerem os seus consumos de media e inovar naquilo que acharem necessário. Na escola, poder-se-á convidar jornalistas, publicitários e outros a reflectir sobre os bastidores das notícias, ou os critérios da sua selecção. As acções podem assumir a forma da crítica ou da proposta face ao que existe, mas também a interrogação daquilo que se faz com os media, o tempo que se lhes dedica, o que se ganha e o que se perde.
No fim de semana que passou, por exemplo, um conjunto de organizações dos Estados Unidos da América promoveu uma iniciativa que se intitulava “24 horas desligado” (ver aqui). Desde o nascer ao pôr do sol, os envolvidos optavam por deixar de lado o telemóvel, a Internet ou a consola de jogos para experimentar outra coisa que a rotina quotidiana ou a excessiva dependência não permitia fazer. Outros promovem o Dia sem Facebook ou sem Televisão. Tudo isto pode fazer parte dos “7 Dias com os Media”, sendo que, aqui, a ideia não é apenas “cortar com” mas também “pensar e agir com e sobre os media”.
Todos sabemos que os media – os meios digitais e os analógicos – já são quase como o ar que respiramos. Por isso mesmo, vale a pena cuidar da qualidade do ar e da saúde da respiração.