segunda-feira, abril 29, 2013

Plano Nacional de Cinema talvez só no próximo ano letivo

Foto: Daniel Rocha/Público
O Plano Nacionalde Cinema, apresentado pelo Governo em Setembro passado, nem sequer foi publicado, até este momento. As ações de formação de professores arrancaram, mas foram interrompidas sem explicações às escolas envolvidas. Neste momento, aponta-se o próximo ano letivo como o momento do re-arranque. O ponto de situação é feito hoje pelo jornal público, num trabalho assinado pela jornalista Graça Barbosa Ribeiro:

"As acções de formação de professores foram interrompidas em Dezembro e os filmes nunca chegaram aos alunos das 23 escolas em que este projecto ia ser testado, antes de ser generalizado ao país

Apresentado no início deste ano lectivo, o Plano Nacional de Cinema (PNC) chegou a arrancar em 23 escolas do país, envolvendo largas dezenas de professores e milhares de alunos do ensino básico e do secundário. Sete meses depois, no entanto, os docentes queixam-se de que o programa não existe, formalmente ou no terreno.

Previsto na Lei do Cinema e do Audiovisual, o PNC foi apresentado em Setembro pelos então secretários de Estado do Ensino e da Cultura, Isabel Leite e Francisco José Viegas, na Cinemateca, em Lisboa. O objectivo, disseram na altura, era promover a literacia para o cinema, impulsionando a criação de novos públicos. Como? Levando nomes como Chaplin, Tim Burton, Truffaut, Spielberg, Scorsese, Kiarostami, Oliveira, Fernando Lopes, Luís Filipe Rocha, Edgar Pêra ou João Salaviza a três mil estudantes dos 5.º, 7.º e 10.º anos de escolaridade de 23 escolas, este ano lectivo, alargando o projecto a outros alunos, mais tarde.

"Não foi difícil envolver os professores e entusiasmar os alunos, o programa era interessantíssimo e tudo parecia estar excepcionalmente bem estruturado", comenta Maria Antónia Pereira, da secundária de Évora. Estavam previstas três exibições por cada um dos níveis de ensino e por período (em Novembro, Fevereiro e Abril), todas elas precedidas por sessões de formação em que seriam fornecidos aos professores material e sugestões para exploração de diversos temas de cada um dos filmes.

Outros directores e coordenadores de escolas seleccionadas confirmaram que o PNC não só arrancou como previsto, como gerou entusiasmo. "As turmas foram escolhidas, os professores indicados e as actividades a desenvolver no âmbito do PCN inscritas nos respectivos planos curriculares e de actividades", enumera Paula Santos, do agrupamento de escolas Coimbra Oeste. Os relatos não variam muito de escola para escola.

O director do Agrupamento de Escolas de Maximinos, de Braga, António Silva Pereira, chegou a falar com os responsáveis autárquicos, para requisitar uma sala de cinema; a coordenadora do projecto de Évora pediu o apoio do cineclube da universidade local; Lurdes Ramalho, da Secundária do Restelo, em Lisboa, planeou fazer as projecções no Centro Cultural de Belém e Paula Santos, de Coimbra, optou pelo Exploratório de Ciência. Não formalizaram, contudo, qualquer contrato: havia a indicação de que o acordo seria firmado, mais tarde, pela estrutura coordenadora do PNC.
(...)"

Continuar a ler AQUI.


Sem comentários: